No início, soava como curiosidade o Inter ter em suas categorias de base um jovem titular da seleção sub-23 dos Estados Unidos. A aproximação da maturidade e do aproveitamento no grupo principal fez com que as atenções fossem redobradas sobre o garoto. Johnny foi a sensação colorada no empate com o Palmeiras e mostrou novas aptidões em relação ao muito que já se falava dele até pouco tempo.

No futebol do Inter no final de 2019 já havia uma séria aposta em Johnny como realidade para 2020. Mesmo quando comparado com outro garoto, o campeão mundial sub-17 João Peglow, os comentários sempre foram no sentido de o norte-americano ter tido um amadurecimento pessoal precoce e isto se refletia muito em sua maneira de atuar. 

Capitão e goleador nos tempos de equipe sub-20, o meia já tinha sido utilizado em outras posições, como atacante. Ninguém duvidava de que ele poderia jogar de maneira ainda diferente, como de volante ou até na lateral, onde chegou a trabalhar com Eduardo Coudet em treinamentos no início da temporada. Foi na primeira função do meio-campo, e num jogo importante,  que os colorados passaram a conhecer melhor e admirar este jovem de 19 anos incompletos.

Seu aproveitamento não foi maior nos últimos tempos porque passou um período aos cuidados  do departamento médico. Para acreditar em Johnny como uma realidade basta ouvir suas entrevistas, dignas de um atleta experiente. Para se ter uma ideia, há um ano esta era sua auto-definição às vésperas de integrar o elenco principal ainda comandado por Odair Hellmann:

 — Eu cheguei no Inter como meia e acabei passando para atacante, onde me destaquei. Mas eu me considero um jogador bem polivalente. Me destaco pela minha técnica e imposição física. E, pelo momento que estou vivendo, acho que foi bem importante essa volta à minha posição. 

Quando se esperava que haveria um concorrente para Patrick, Thiago Galhardo, D'Alessandro ou Boschilia entrando de vez na luta por uma posição, quem passa a  sofrer ameaças são Lindoso e Musto. Maturidade, polivalência, qualidade de passe, desempenho físico e até efetividade ofensiva fazem parte do repertório da grande figura do empate contra o Palmeiras  e que se oferece para a volta da Libertadores.