Quando se tem desfalques na equipe, há dificuldades. Quando eles são dez, o problema cresce muito. Se o jogo é fora de casa, pior. Por fim, tendo o campeão paulista debaixo de todas estas adversidades, já se poderia desanimar. Não foi o que aconteceu com o Inter de Eduardo Coudet no Allianz Parque contra o Palmeiras. Bem ao contrário, por pouco o time não ganhou seu sexto jogo no Brasileirão.
Se houve frustração colorada pelo gol de empate ter sido sofrido após a abertura do placar já nos acréscimos, a marca que ficou foi de um ponto ganho e de uma atuação altamente competente dentro e fora do campo. A escalação inicial foi de emergência, surpreendente e inédita. Ela não permitiu, no entanto, que o Palmeiras estabelecesse dominação em momento algum. O Inter remontado e improvisado mostrou disciplina tática, boas atuações individuais e um grande espírito coletivo. Os garotos colorados Johnny e Praxedes foram os maiores destaques, Moledo voltou seguro e Thiago Galhardo entrou no segundo tempo, criou a jogada do pênalti que ele mesmo cobrou e fez o gol colorado, mantendo-se como o mais importante jogador da campanha.
A missão do Inter nos dois jogos consecutivos fora de casa está bem cumprida. Os quatro pontos em seis possíveis manterão a posição de líder ou algo muito próximo para o retorno ao Beira-Rio contra um Bahia em crise. Está muito claro que há comprometimento de todos na busca de resultados, méritos que cabem ao treinador. Quando se coloca um time tão diferente em campo e se tem um desempenho tão equilibrado, é porque há comando homogêneo, sem traumas para quem não é titular, e confiança de quem escala em suas peças de reposição. Foi um grande empate.