Na memória recente da rivalidade Gre-Nal, Vanderlei Luxemburgo está ligado ao Grêmio, por ter trabalhado no clube entre 2012 e 2013. No entanto, em 2009, ele foi procurado pelo Inter e ficou muito próximo de assinar contrato com o Colorado. Dando sequência à série de matérias que lista treinadores que quase trabalharam no Beira-Rio, GaúchaZH conta detalhes da negociação frustrada com este profissional.
Depois de um primeiro semestre primoroso, em que foi campeão gaúcho de forma invicta e terminou o primeiro turno do Brasileirão na liderança, o Inter passou a viver uma turbulência interna na segunda metade de 2009. Tite acabou demitido do cargo e, para substituí-lo, a direção foi atrás do experiente "Luxa", que estava no Santos. O objetivo estava mais do que claro: a conquista nacional.
— Nesta manhã, tive a honra de receber um convite do Internacional de Porto Alegre. Sou colorado, porque já joguei lá e tenho bom relacionamento. Porém, tenho um compromisso firmado com o Santos até o final do ano e não abrirei mão de cumpri-lo. Agradeço mais uma vez a lembrança pelo meu nome e não irá faltar a oportunidade de esse relacionamento um dia se concretizar — relatou o próprio Luxemburgo em seu blog, à época.
A saída encontrada no Beira-Rio foi colocar um técnico "tampão", ou seja, alguém que ficasse somente até o final do campeonato. O escolhido foi o ex-jogador Mário Sérgio. O almejado título não veio, mas sim um segundo lugar, atrás do Flamengo. Porém, a equipe havia garantido vaga para a fase de grupos da Libertadores de 2010. Era hora de buscar um novo comandante e o nome de Luxemburgo voltou à pauta mais uma vez.
— Houve esforço do Inter, interesse na contratação, mas o Vanderlei tem outras situações fora do Brasil, e preferiu não trancar o Inter porque sabe que o clube tem pressa para ajustar o time da Libertadores — disse o empresário Gilmar Veloz à Rádio Gaúcha.
Tentando inovar por completo, o Colorado buscou seu treinador no Equador: o uruguaio Jorge Fossati havia conquistado a Recopa Sul-Americana com a LDU. Já Luxemburgo acabaria parando no Atlético-MG, perdendo a chance de comandar o time que, em agosto de 2010, se sagraria bicampeão da América.