A chegada de Zé Ricardo ao Inter no mês de outubro melhorou o rendimento de Paolo Guerrero. O atacante tem seis gols marcados em nove partidas com o técnico, que já havia sido seu treinador no Flamengo, em 2016. Uma média de gols de 0,66 por partida. Ao chegar ao Inter, Zé Ricardo afirmou que gostaria de um time mais próximo do centroavante peruano.
— Vamos subir marcação, compactar a equipe. Fazer o jogo de pivô, mas também aproveitar a velocidade dos nossos homens de área — disse Zé Ricardo, antes de enfrentar o Bahia em sua estreia.
Assim que o treinador desembarcou no Beira-Rio, o Guerrero retribuiu os elogios.
— Um cara muito trabalhador, inteligente e sabe dirigir o grupo. Tem esquema tático bem definido, faz o time jogar disciplinadamente. No Flamengo, ajeitou o time. Ele tem muito a dar aqui — afirmou à época.
Para Leonardo Oliveira, comentarista da Rádio Gaúcha e colunista de GaúchaZH, a melhora do centroavante passa pela mudança da forma do Colorado atuar.
— O Inter passou a jogar com as linhas mais avançadas, e isso explica muito a retomada de Paolo Guerrero. Sua solidão no ataque acabou amenizada e, apesar de os parceiros serem os mesmos, eles estão mais próximos e propiciando ao peruano mais condições de arrematar. Acrescente-se a isso o fato de Zé Ricardo potencializar o jogo em torno do centroavante, abastecendo-o mais. Como, por exemplo, direcionando os escanteios para ele, explorando seu excelente tempo de bola e impulsão.
Se comparado ao restante do ano, os números de Guerrero com Zé Ricardo se mostram ainda melhores, principalmente no Brasileirão. Desde sua estreia, em abril, contra o Caxias no Beira-Rio, até a chegada do novo treinador, o peruano fez 13 gols em 30 jogos (0,43 gol por jogo).