Nos anos 1990, Pedro Paulo Záchia consagrou a frase "mudar não mudando", quando um Inter em crise manteve a comissão técnica. Agora, nos anos 2000, a sentença pode inspirar uma nova frase: "Vender não vendendo".
Depois de negociar Iago para o futebol alemão, o Inter deverá manter Edenilson e, assim, não perder mais nenhum titular. Mas, então, de onde virá a nova injeção financeira? Eduardo Henrique, Marcinho e Rogerinho serão vendidos.
O volante Eduardo Henrique, que estava cedido ao Belenenses, está sendo comprado pelo Sporting. Aqui, o Inter deverá lucrar pelo menos R$ 4 milhões.
Marcinho, atacante que foi titular no Gre-Nal da Arena em 2018, válido pelas quartas de final do Gauchão — quando o Inter levou 3 a 0 e foi virtualmente eliminado, ainda que tenha vencido por 2 a 0 a partida de volta —, deverá ser vendido para o futebol chinês, depois de uma boa campanha pelo Fortaleza. Nesse negócio, a previsão é de que o Inter lucre outros R$ 4 milhões.
Por fim, o lateral-esquerdo Rogerinho, que pertence à Juventus, e que deixou o clube gaúcho ainda muito jovem, será comprado pelo Sassuolo. O Inter tem 20% dos direitos do atleta e, conforme a imprensa italiana, o valor da negociação séria superior a R$ 60 milhões — o que deixaria nos cofres colorados pelo menos R$ 12 milhões.
Além disso, ainda há os novos empréstimos de Andrigo para o Figueirense e de Ferrareis para o Avaí, o que deve reduzir um pouco mais a folha colorada. No caso de Andrigo, a saída acabará sendo definitiva, uma vez que o seu vínculo com o Inter se encerra em 31 de dezembro. Ferrareis tem contrato com clube até o final de 2020.
Com mais R$ 20 milhões em caixa, o Inter vai às compras na janela de julho, buscando algum reforço no Exterior. E sem perder mais nenhum titular.