Uma das maiores conquistas para as torcedoras e torcedores do Internacional, que muitas vezes não têm condições de pagar a mensalidade, mas querem contribuir com o clube de coração, foi a modalidade de associação popular Academia do Povo. Em um dos momentos mais críticos da nossa história, lembramos aos gestores quem sempre fez o Inter: as coloradas e os colorados.
Além de retomar a essência do Clube do Povo, a iniciativa também foi uma forma de resistir à elitização pela qual passa o futebol. Afinal, não podemos ignorar o nosso passado e a nossa importância histórica de ser o primeiro clube a abrir a porta a todas e todos.
Ainda como forma de valorizar outras sócias e sócios, também propusemos a ampliação dos descontos de ingressos para a modalidade Campeão do Mundo e nos colocamos contrários ao aumento das mensalidades. Porém, este último não conseguimos barrar.
Saindo da esfera administrativa para o estádio, sentíamos que havia algumas restrições de acesso à arquibancada que impediam o clima de festa no Beira-Rio. Veio, então, a proposição de aumentar a zona livre, com a redução do espaço das cadeiras locadas, o que fez o Gigante voltar a rugir.
Em breve, o setor sem cadeiras também vai proporcionar um ambiente propício para a festa no estádio. Respeitamos quem quer assistir às partidas sentado ou sentada, mas também queremos garantir que, para quem gosta de cantar e pular, tenha um espaço adequado para isso.
Outro feito do qual nos orgulhamos é de ter oficializado, no estatuto do clube, o Saci como nosso mascote e o lema do Clube do Povo.
Mas é importante destacar que todas estas vitórias não vieram sozinhas. Além do trabalho conjunto de 58 conselheiras e conselheiros e de apoiadores, a nação colorada estava ao nosso lado, ou melhor, ao lado do clube. Não há festa em arquibancada vazia, não há legado sem identidade histórica, e o Internacional só existe porque o Povo fez o Inter.