A vitória do Inter sobre o América-MG fez a equipe recuperar a vice-liderança do Brasileirão e não deixou a diferença para o Palmeiras, que havia vencido o Fluminense na quarta-feira (14) aumentar. Apesar dos cinco pontos de distância, a esperança em conquistar o título ainda está presente no Beira-Rio, como afirmou o técnico Odair Hellmann em sua entrevista coletiva após o jogo.
— De fora, tudo é teoria no futebol. Dá para fazer bastante tese. O Palmeiras passou por um momento que, na teoria, seria de mais dificuldades. Foram três jogos. Ele buscou uma vitória dentro de casa, não perdeu para o Flamengo e para o Atlético. Na teoria, o próximo momento é mais fácil. Mas estou vivendo ali dentro a peleia, sei que não tem nada fácil. Tudo pode acontecer. O que cabe a nós, é fazermos a nossa parte. Lutarmos até o fim. Isso continua domingo, contra o Botafogo. Mas não adianta pensarmos no Palmeiras e não fazermos a nossa parte. E vamos dar aquela torcidinha básica. Enquanto houver possibilidade, o Inter vai se entregar até o fim.
Sobre o futuro, o treinador se mostrou otimista com a renovação de contrato. Admitiu que já começaram as conversas com a diretoria, mas voltou a falar que o assunto será definido após o término da temporada.
— O Rodrigo Caetano já falou comigo, já falou com o Gilmar. A gente vai sentar e conversar. É o momento de focar, o campeonato está em aberto, faltam quatro jogos. Nada vai tirar nosso foco. Já houve o contato, quando acabar o campeonato as pessoas que tem de resolver isso vão sentar e conversar.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Odair Hellmann
Quanto ao reconhecimento do trabalho, fico feliz. Era um ano difícil para o clube. Não era facil fazer a reconstrução por toda a situação dos últimos dois anos. Qualquer coisa negativa, desclassificação poderia gerar algo ruim. Ainda mais comigo, que era novato. Mas trabalhamos, subimos degrau por degrau. Não ganhamos nada ainda, não tem nada para comemorar. Estou feliz e orgulhoso por ser o treinador do Internacional. Isso é uma coisa que poucas pessoas podem ser. Acho que estou começando o pé direito.
Independente de qualquer coisa, já estamos pensando nisso (próxima temporada). Temos que pensar no clube como uma forma de gestão. Já nos reunimos com o Departamento de Futebol e traçamos diretrizes para que a gente possa pensar 2019 mesmo dentro desse processo de disputa. Já conversamos e estamos olhando o mercado. Não dá para deixar para depois. Não temos dinheiro para gastar milhões, vamos ter de ser criativos, como fomos nesse ano. Eu parabenizo a direção por isso.
O Damião vem passando por um processo, está conseguindo jogar, mesmo com dor. Mas tem sido feliz e marcado os gols. Mérito coletivo, a jogada do gol de hoje foi muito bonita, bem trabalhada. A equipe tem que receber os aplausos, eles que construíram, com o Damião, os gols que ele marcou.
Imagina, você receber uma oportunidade em um dos maiores clubes do mundo e conseguir ficar um ano, além de fazer uma boa campanha no Brasileirão. Mas a gente quer marcar o nome na história com títulos. Mas o Inter estará em um outro processo no ano que vem. Quanto mais perto de decisões você está, mais próximo de ganhar você fica. A gente não pode deixar cair. Os clubes estão jogando tudo, estão jogando a vida.
Aqui no Beira-Rio, manda o Inter. Nós precisávamos voltar a ser fortes em casa, como sempre foi. Isso nós conseguimos estabelecer. O torcedor ajudou muito nesse processo. Pode vir a acontecer alguma derrota, mas vão ter que fazer força pra isso. Estamos muito fortes em casa, nossa torcida ajuda muito.