— Precisa perguntar mesmo? — essa foi a resposta de Paulo César Tinga quando questionado sobre o seu Inter x São Paulo inesquecível.
Acontece que o ex-volante estava presente também na semifinal da Libertadores de 2010, quando o Colorado comemorou, em pleno Morumbi, uma vaga antecipada ao Mundial de Clubes. Porém, para ele, nada se compara à emoção vivida na noite de 16 de agosto de 2006, quando marcou o gol decisivo no empate em 2 a 2 que rendeu o título continental ao Inter.
— Não tem comparação, fazer o gol da conquista. Foi a transformação de um clube que tem o nome de Internacional, mas que até então não tinha uma conquista internacional. E, para mim, que sempre fui colorado e comecei jogando no Grêmio, foi emblemático.
A escolha de Tinga é facilmente explicada pelo grau de emoção vivido pelo jogador naquela noite. Isso porque, logo depois de balançar as redes de Rogério Ceni, o atleta colorado levantou a camisa durante a comemoração e acabou recebendo cartão vermelho – o que deixou o time gaúcho com um a menos nos 25 minutos finais.
— O gol me ensinou muita coisa. Falo sem hipocrisia, porque ele me deu alegria, me deu medo e me ensinou que ganhar e perder está muito próximo. Naquele jogo, senti tudo que um atleta pode passar. Mas eu iria expulso mais 10 vezes para ter esse ensinamento.
Neste domingo (14), Inter e São Paulo se reencontram no Estádio Beira-Rio. Embora não esteja em jogo a taça da Libertadores, como há 12 anos, o duelo põe frente a frente duas equipes que figuram no topo da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Por isso, GaúchaZH rememora até sábado (13) os confrontos inesquecíveis entre gaúchos e paulistas.
