Paulão resolveu falar. Depois de uma temporada de silêncio, desde que participou do rebaixamento do Inter em 2016 e reforçou o Vasco no ano passado, o zagueiro colorado decidiu contar o que sentiu à época, sobre como vem sendo tratado na rua e o que projeta para sua vida, já que vínculo com a equipe colorada vai até o fim de 2019.
Em entrevista ao Bola nas Costas, da Rádio Atlântida, na manhã desta terça-feira, Paulão disse se sentir "um criminoso" por vezes e garantiu que a vida dele "precisa seguir".
– Eu tenho que ser profissional. Se chegar o momento que as coisas não vão seguir (no Inter), eu vou seguir a minha vida. O Inter é imenso. Eu, não. Eu tenho filha e mais cinco ou sei anos de carreira. Minha vida precisa seguir – disse o zagueiro, que foi reintegrado ao grupo colorado no início deste ano.
Ao fim do programa, Paulão se justificou e explicou o motivo de não querer falar até este momento. Reforçou uma "ferida" aberta e agradeceu os torcedores pelo apoio e crítica, o que, segundo o defensor, o ajudou na temporada do Vasco:
– Gostaria de agradecer a oportunidade de estar aqui. Eu nunca quis falar disso abertamente. A ferida está aberta, tanto comigo quanto com o torcedor. Agradeço os torcedores do lado positivo e negativo. Me ensinou muita coisa. Consegui fazer um ano diferente no Vasco. Final de ano terrível que eu passei, muita gente me culpando – completou, para finalizar: – Entendo a paixão do torcedor, e a gente sabe que como essa ferida está aberta, mas não esqueça que por trás disso tem uma família, ser humano, que sofre com a gente. chega num certo momento que tu não pode fazer o que ama, que é jogar. Às vezes, tu te sente um criminoso. Não pode estar em público, porque te criticam nem trabalhar.