Gustavo Ferrareis renovou contrato. Titular nas duas últimas partidas do Brasileirão, o jovem de 20 anos teve vínculo estendido por mais cinco anos. É a aposta da direção do Inter para um futuro – e dá tranquilidade ao meia-atacante na luta contra o rebaixamento.
Escalado por Celso Roth como extrema aberto pela direita na linha de três meias ofensivos, auxiliando William ofensivamente e, principalmente, defensivamente. Na última partida, um exemplo: o gol teve tabela entre ambos e ultrapassagem do lateral, que cruzou para Vitinho concluir. Também foi comum vê-lo fazendo a cobertura a cada subida do medalhista de ouro.
– Ferrareis é um jogador de futuro, tem muita força. Embora jovem, não se abalou com esse momento do clube – considera o vice de futebol Fernando Carvalho.
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O dirigente considera também que o meia pode executar ouras funções, já que tem característica para jogar também por dentro, em um 4-1-4-1, "como um volante ao estilo do que faz o Renato Augusto".
– Ele não desenvolveu ainda isso, embora o Argel o tenha usado pelo meio em dois ou três jogos – aponta.
Foi com o antigo treinador e na função de extrema, que Ferrareis tinha vivido seus melhores momentos. Depois de marcar um gol na final do Gauchão, ganhou a titularidade nas rodadas iniciais do Brasileirão, principalmente quando Argel abandonou a ideia de jogar com três volantes. Mas, assim como o time, o rendimento do jogador diminuiu. Perdeu espaço, virou reserva e mal recebeu chances até voltar à equipe na derrota para o Atlético-MG, em que, apesar do 3 a 1, foi um dos melhores em campo, marcando um gol.
E, como faz desde a categoria de base, comemorou imitando uma pantera.
A homenagem, na verdade, é ao tio Paulo Rogério César, 28 anos, irmão de sua mãe. E a história é mais simples do que parece: ainda em Lençóis Paulistas, viu o desenho de uma pantera, "achou bonito" e tatuou no braço. O então menino Gustavo gostou e resolveu celebrar seus gols como se fosse o animal.
– Quando ele nos contou o que era, me emocionei. Até hoje, chego a chorar quando ele faz – conta Paulo.
Uma espécie de irmão mais velho, o parente se mudou para Porto Alegre para acompanhar o sobrinho no sonho do futebol. Há três meses, mudou-se de casa, mas mantém contato diário com o jogador. E essa convivência lhe dá tranquilidade para garantir:
– O Gustavo não vai mais oscilar como antes. Ele está acompanhando o crescimento do Inter, estão caminhando juntos. Ele não está ansioso com a zona de rebaixamento. Na verdade, o vejo mais focado para tirar o time desta situação.