Equipes da Secretaria Estadual de Saúde (SES-RS) estão em Carazinho, no norte gaúcho, nesta terça-feira (6), para reforçar as ações de enfrentamento ao Aedes aegypti, vetor da febre chikungunya, que já causou duas mortes na cidade de 65 mil habitantes.
O encontro serve para integrar as equipes dos governos municipal e estadual no combate à disseminação da doença. A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs-RS), Tani Ranieri, participa do encontro.
Carazinho tem 209 casos confirmados de febre chikungunya, conforme o boletim epidemiológico publicado pelo desta terça-feira. Outros 47 estão em investigação e 69 em análise no Laboratório Central (Lacen). A cidade foi a primeira a registrar mortes pela doença na história do RS.
— O número de mortes (por febre chikungunya) pode chegar a cinco em Carazinho. Além dos dois já confirmados, outros três estão em investigação — disse Ranieri.
No encontro, as equipes decidiram que Carazinho terá um Dia D de combate ao mosquito por mês — preferencialmente no último sábado. Nessa data, equipes das secretarias da Saúde e Obras farão uma busca ativa por focos do Aedes aegypti e repassarão informações aos moradores.
— Estamos aqui não só enquanto Vigilância em Saúde, mas também com técnicos da área de atenção primária e da rede de urgência e emergência para discutir o que se tem feito e olhar para novas estratégias a serem adotadas — disse a diretora do Cevs-RS.
Com base no monitoramento de armadilhas para atrair e capturar ovos de mosquitos (ovitrampas) instaladas pelo poder público, o poder público já identificou que os bairros mais afetados são Glória, Operário e Oriental. Por isso, as ações de combate são mais direcionadas a esses locais.
Ações de combate

Desde a primeira notificação, a prefeitura fez a borrifação residual intradomiciliar em pelo menos 300 residências, escolas, delegacia de polícia, Câmara de Vereadores, prefeitura e hospitais da cidade.
— Tivemos dificuldade com algumas casas de acumuladores, então colocamos um drone para identificar espaços com acúmulo de materiais ou recipientes com água, onde é propício para o mosquito colocar seus ovos — disse a secretária municipal de Saúde, Carmen Santos.
Carazinho também deve receber cerca de 1 mil testes rápidos de febre chikungunya até quinta-feira (8). Os itens serão distribuídos nas UPAs, UBS e no Hospital de Clínicas de Carazinho (HCC).
— Queremos unir forças para que possamos, no futuro, ter Carazinho como modelo no enfrentamento a essas doenças. Esperamos que essa experiência (de combate ao Aedes aegypti) possa refletir também em outros municípios — pontuou a diretora do Cevs-RS.