O Inter de Diego Aguirre ainda está longe de ter uma escalação definitiva. Mesmo com a primeira vitória na temporada, o sofrido 1 a 0 de sábado, em casa, sobre o Novo Hamburgo, mereceu críticas do técnico uruguaio. Aguirre cobrou precisão nas conclusões. Entende que o Inter está demorando demais a definir os jogos. E abriu a possibilidade de mexer na formação do time e atuar até mesmo com três volantes.
Aguirre não descarta alteração no esquema e admite chance de três volantes
Além disto, o treinador já espera a estreia na Libertadores, no dia 17, contra o The Strongest, no ar rarefeito da altitude de 3,6 mil metros de La Paz - os bolivianos empataram em 1 a 1 a partida de ida, no México, contra o Morelia; a decisão ocorrerá na terça-feira. Assim, para definir a escalação, será levado em conta aqueles jogadores que estiverem em melhor forma física e com maior ritmo de jogo. Nomes como Réver e Anderson, por exemplo, ambos ainda carentes de competição, dificilmente começariam na Bolívia.
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- A equipe fez algumas coisas boas, mas não podemos perder tantas chances para matar o jogo. Temos que finalizar de outra forma. Temos muito a melhorar, mas estamos começando a pegar confiança - disse Diego Aguirre.
- Estamos ansiosos pelo começo da Libertadores. Mudaremos algumas coisas, dependendo do local da estreia. As condições de La paz não são normais, teremos precauções - alertou.
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Nesta segunda-feira, Anderson estará liberado pela preparação física para se juntar ao elenco de Aguirre. O treinador ainda não definiu se ele começará a partida de quarta-feira, contra o Cruzeiro, em Gravataí, e alerta que o meia precisará readquirir ritmo de jogo. Chegou a citar o exemplo de Réver, que sentiu grandes dificuldades nos embates com Leandrão, justamente pelo longo período sem atuar.
- Anderson tem muita qualidade, mas temos que ver o seu nível físico e o ritmo de jogo - afirmou o treinador. - Réver sentiu o esforço e a falta de competição - acrescentou.
Antes de estrear na Libertadores, o Inter enfrentará Cruzeiro e Caxias, pelo Gauchão. Diego Aguirre utilizará estas duas partidas como testes para definir a composição do time para o primeiro jogo do Grupo 4. E, apesar da recente declaração do presidente Vitorio Piffero, sugerindo que um atacante deixe a equipe para o ingresso de Anderson, o técnico disse que é ele e seus auxiliares quem definem o time.
Piffero muda o tom, mas volta a pedir Inter com menos atacantes
- Estamos jogando de uma maneira, mas estou aberto ao que for necessário. Posso jogar com três volantes, dependendo do rendimento e do rival. Não fecho esta possibilidade, é real. Posso mudar o sistema, de um jogo para o outro, a fim de buscar o melhor para o Inter. A escalação passa por mim e pela minha comissão técnica. Escalamos o melhor time que entendermos a cada jogo - informou Aguirre.
Piffero, que após o empate com o São José havia sugerido a saída de um dos três atacantes (depois chegou a citar o nome de Sasha) para a entrada de Anderson, desta vez aliviou um pouco e comentou não ser "usual" utilizar três jogadores de frente em Libertadores.
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- Nosso treinador está escolhendo as peças. Jogar com três atacantes não é exatamente usual na Libertadores. Se falei do Sasha, não era tirar o Sasha. Era tirar um dos três atacantes para entrar um meia consagrado, como o Anderson - tentou esclarecer o presidente colorado. - Vocês, da imprensa, transformaram as minhas opiniões futebolísticas em queima ao treinador. Isto é uma bobagem muito grande - disparou Piffero.
Para o presidente colorado, Diego Aguirre já vem demonstrando evoluções na montagem deste novo Inter.
- Estamos melhorando a cada dia. Não virou uma máquina ainda. Temos jogadores e comissão técnica para virar uma máquina, com grandes atuações e resultados - finalizou Vitorio Piffero.
Foco
Com Réver e Anderson, Inter terá semana de preparação para estreia na Libertadores
Jogo contra o Cruzeiro, na quarta-feira, pelo Gauchão, servirá como teste
Leandro Behs
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