Depois de garantir vaga na Sul-Americana, mesmo com a derrota para o Corinthians por 3 a 0, na Arena, o Grêmio começa a tomar decisões visando à próxima temporada. A principal dúvida diz respeito à continuidade ou não do trabalho de Renato Portaluppi. De acordo com o presidente Alberto Guerra, que falou sobre a situação neste domingo (8), o futuro tem data para ser analisada.
— Me reservo o direito de dizer que vamos conversar amanhã (segunda). Estávamos concentrados. Até domingo passado, tínhamos de fugir da zona incômoda (possibilidade de Z-4). Hoje estávamos focados na vaga na Sul-Americana, que é importante para o nosso orçamento. Amanhã vamos conversar e o Grêmio irá comunicar todos vocês da decisão que tomarmos em conjunto — destacou, citando a relação de Renato com o Grêmio, ao mesmo tempo em que deixou em aberto a possibilidade do treinador não permanecer em Porto Alegre:
— A história que o Renato tem (com o Grêmio) é totalmente diferente. Não me sentiria à vontade, até falando de lealdade, de tratar com outro treinador sem ter falado com ele (Renato). Sei que isso pode dificultar, mas não faria isso de jeito nenhum. O Grêmio procura encerrar ciclos de forma transparente. Foi assim como o Suárez, foi com o Geromel. Não seria diferente com o Renato, se isso vier a acontecer.
Em um ano em que foi campeão gaúcho, e sofreu com a enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em maio, o dirigente avaliou a classificação à Sul-Americana como "razoável".
— O resultado final, com a classificação à Sul-Americana, não era o objetivo. Era a Libertadores. A maneira como conseguimos foi muito ruim. Na última posição, torcendo para um gol não sair. Isso não é Grêmio. Me entristece. Mas dentro de um conjunto do que passamos, como resultado final, posso colocar como razoável. Ao menos estamos classificados para uma competição internacional. É um misto de tristeza com felicidade — pontuou.
Mesmo com a situação de Renato indefinida, Alberto Guerra citou a necessidade de reforçar o elenco:
— Sabemos que precisamos reforçar o elenco. Temos contratos vencendo. Naturalmente, vamos repor. A situação do futebol brasileiro, tirando um ou dois clubes, é difícil. Vai ser um ano diferente. Vamos continuar trabalhando de outras formas para tentar, ao longo do ano, fazermos investimentos.