Após o cumprimento do objetivo de classificação para as oitavas de final da Libertadores, chegou o momento para o Grêmio colocar suas atenções no Campeonato Brasileiro. O Tricolor iniciará nesta noite contra o Flamengo, a partir das 20h, no Maracanã, uma sequência de cinco jogos em estados diferentes, antes do esperado retorno ao Rio Grande do Sul.
Será uma maratona enfrentando algumas das equipes que brigam pela liderança do Brasileirão, com um Gre-Nal no caminho. O Rubro-Negro, por exemplo, tenta recuperar o primeiro lugar perdido na abertura da oitava rodada justamente para o Botafogo, o rival gremista na próxima rodada.
O planejamento da diretoria tricolor é retornar ao Estado para uma sequência de dois jogos como mandante, contra Fluminense e Palmeiras, em 30 de junho e 4 de julho, respectivamente. A ideia é de que essas partidas sejam disputadas em Caxias do Sul.
O Grêmio terá após o confronto com o Flamengo, no Rio de Janeiro, uma curta viagem até o Espírito Santo para encarar o Botafogo, no domingo (16). Três dias depois, o enfrentamento será com o Fortaleza, no Ceará. Ainda não há oficialização, mas o Gre-Nal da rodada seguinte deverá ser confirmado para o Paraná. O último compromisso antes do provável retorno ao RS será em Goiás, diante do Atlético-GO, em 26 de junho.
Necessidade de rodízio
Os cinco jogos serão realizados em um período de 14 dias. Renato Portaluppi apontou, após o empate com o Estudiantes, a dificuldade e disse ser impossível usar o mesmo time em todas as partidas.
— A cada três dias, uma decisão. As dificuldades vão aumentando. Não tem para onde correr. Vamos concentrar nossas forças no Flamengo e, depois, no Botafogo, e assim vai. A mesma equipe é impossível colocar em campo. A gente está para cima e para baixo. É difícil. Eu tenho trabalhado bastante essa parte psicológica dos jogadores — alertou.
Preocupação com a tabela
Essa sequência de jogos será determinante para o Grêmio tentar escapar da parte de baixo da tabela. Com apenas duas vitórias nos cinco jogos disputados, o Tricolor tem seis pontos, um acima do Criciúma, que abre a zona de rebaixamento.
Essa arrancada é a terceira pior do Grêmio no Brasileirão nos últimos 10 anos. Supera apenas 2021, ano do rebaixamento, e 2019, quando somou apenas dois pontos nos primeiros cinco jogos. Para 2024, porém, o Tricolor tem como atenuante o fato de ter jogado apenas três partidas com seu time titular, quando obteve suas duas vitórias (sobre Athletico-PR e Cuiabá) e uma derrota para o Vasco. Quando perdeu para Bahia e Bragantino, o Grêmio teve um time repleto de reservas porque Renato Portaluppi privilegiou compromissos da Libertadores.
Adversário desfalcado
Se o Grêmio chega para o jogo desta noite desfalcado de Diego Costa e dos convocados para a Copa América Villasanti e Soteldo, além de Gustavo Nunes, suspenso, o Flamengo também tem seus problemas. Apenas a seleção uruguaia tirou quatro jogadores rubro-negros: os meio-campistas De la Cruz e Arrascaeta e os laterais Matias Viña e Varela. O chileno Pulgar é outro chamado para a competição continental.
Os problemas do Flamengo, porém, não param por aí. Primeira opção para a ausência de Viña, Ayrton Lucas ainda se recupera de lesão na coxa esquerda. No meio-campo, Allan, que jogaria na vaga de Pulgar, também está lesionado. Por conta disso, Tite pode mandar a campo um time com quatro zagueiros. Além dos titulares do miolo da defesa, Fabrício Bruno e David Luiz, Léo Pereira foi uado nos treinamentos como lateral-esquerdo e Léo Ortiz como volante.
Ainda assim, o farto elenco do Flamengo oferece ao treinador gaúcho a possibilidade de mandar a campo um quarteto ofensivo formado pelo promissor Lorran e pelos já consagrados Gerson, Pedro e Everton Cebolinha.
Calendário do Grêmio
- 13/6 - Flamengo, no Rio de Janeiro
- 16/6 - Botafogo, no Espírito Santo
- 19/6 - Fortaleza, no Ceará
- 23/6 - Inter, ainda sem lugar definido (Paraná é preferência)
- 26/6 - Atlético-GO, em Goiás