O Grêmio vai reencontrar um velho conhecido no próximo domingo, quando enfrentar o Flamengo, no Maracanã, pela 10ª rodada do Brasileirão. Contratado no meio da temporada passada, Everton Cebolinha ainda não conseguiu se firmar no time titular do rubro-negro. O meia-atacante revelado no Tricolor e vendido para o Benfica em 2020 já fez 67 jogos, cinco gols e 13 assistências com a camisa do time carioca.
Comprado junto ao time português com pompa e circunstância pelo Flamengo, o camisa 11 chegou ao Rio de Janeiro para brigar por posição com Bruno Henrique. No entanto, logo que desembarcou no Brasil, o companheiro de equipe sofreu uma lesão no joelho e teve que passar um longo período no departamento médico.
A solução parecia fácil, com a entrada de Everton. No entanto, o técnico Dorival Júnior preferiu escalar Gabigol e Pedro juntos, o que manteve Cebolinha no banco.
— Ele chegou com uma expectativa muito grande aqui. Muito se achava que ele seria titular, mas o Dorival optou por dois centroavantes. Ao mesmo tempo, o Cebolinha teve que passar por um período de readaptação ao futebol brasileiro. Nesta temporada, evoluiu, mas ainda longe do que já apresentou. Falta ser aquele jogador que o torcedor conhece. Ele sempre é utilizado pelo (Jorge) Sampaoli aqui, como foi com o Racing pela Libertadores. O desempenho precisa melhorar ainda — analisa Venê Casagrande, jornalista do SBT do Rio de Janeiro.
O que foi dito por Casagrande pode ser visto também nos números do Flamengo na temporada. O time carioca fez 38 partidas em 2023 e Everton entrou em campo em 36 oportunidades — 15 como titular e 21 como reserva utilizado.
Jogando como atuava no Grêmio (pela ponta esquerda), o meia-atacante tem dois gols e oito assistências no ano — um dos maiores assistentes do rubro-negro. Sem a certeza da presença de Gabigol para o jogo contra o Tricolor, Everton poderia ganhar uma chance no domingo, mas a tendência é que Sampaoli escale Everton Ribeiro ou Matheus França na função.