A vitória do Grêmio sobre o Operário, por 1 a 0, no Paraná, não foi apenas de reabilitação para o clube na Série B, que ainda lamentava a perda dos três pontos em casa diante da Chapecoense. Elias, que terminou os jogos da competição muito criticado pelos gols perdidos, também encontrou no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, a redenção ao marcar o gol que garantiu o resultado. Com sete pontos em quatro partidas, a equipe de Roger Machado terminou a rodada no G-4.
Após entrar como opção no intervalo no lugar de Campaz, o jovem atacante do Grêmio mudou os rumos da partida. Ao receber bom cruzamento de Biel, mostrou tranquilidade no momento da finalização e não deu chances para Vanderlei. Mas não sem antes ter de aguardar alguns minutos de sofrimento enquanto o lance era revisado pelo VAR.
— Trabalhei forte a semana inteira. A torcida pegou no meu pé por errar alguns gols que não poderia. Quando o árbitro anulou, falei que não seria possível acontecer de novo. Teve isso contra o Palmeiras, quando estava realmente um pouco adiantado. Fiquei apreensivo, mas foi gol — comemorou Elias.
O técnico Roger Machado reconheceu que a atuação da equipe em Ponta Grossa não repetiu os melhores momentos da temporada. Mas que a estratégia foi adaptada para garantir a manutenção do resultado mesmo sem um bom rendimento.
— A gente fez o jogo que tinha que fazer. Enfrentamos uma equipe bem posicionada em campo que nos gerou problemas. Criamos o suficiente para vencer. Fomos eficientes, mas não criamos como nos outros jogos. Uma vitória que nos coloca acima na tabela. Em tese, recuperamos os pontos que deixamos contra a Chapecoense — comentou.
O sentimento de dificuldade também fez parte do discurso dos jogadores após a partida. Na saída de campo, o centroavante Diego Souza comentou que a competição é encarada desta forma também pelo grupo. Mesmo quando não é possível ter um bom desempenho, o objetivo maior é a conquista dos pontos em disputa.
— É um jogo duro mesmo. Sabemos que a Série B será assim. Fizemos uma partida segura. O mais importante são os três pontos — projetou o centroavante.
Roger Machado também aproveitou a sua entrevista coletiva para fazer um desabafo sobre as ofensas que ouviu da torcida do Operário durante a partida. Segundo o técnico tricolor, os nomes de sua esposa e das filhas foram cantados com xingamentos nas arquibancadas. Ele, então, afirmou que revidou as ofensas.
— É a primeira vez que em 30 anos de futebol ouvi minha família ser xingada. Reagi com xingamentos para a torcida por isso. Não me orgulho do que fiz. Não vou me acostumar nunca com isso. Me senti extremamente ofensivo aqui em Ponta Grossa. Gritaram os nomes da minha esposa e das minhas filhas e adjetivos negativos — disse.
A delegação gremista retorna nesta quinta-feira (28) pela manhã do Paraná para iniciar a preparar ação para a partida do próximo sábado contra o CRB, na Arena. Roger Machado ainda não terá a possibilidade de contar com Ferreira e Edilson. A dupla segue entregue ao departamento médico tratando de problemas físicos.