Curiosamente, o técnico Vagner Mancini deixa o Grêmio, mais uma vez, invicto na competição que está disputando. Confesso que me surpreendi com sua saída, na medida em que contrariou todas as manifestações no pós-jogo contra o Juventude.
Claro que, eventualmente, uma forte pressão popular pode derrubar um treinador, até os invictos, mas pensei que Mancini estava firme no cargo pela convicção da direção.
No entanto, convicção em futebol é como água entre os dedos da mão: desaparece em poucos minutos. Por isso, embora com alguma surpresa, entendo como relativamente natural a saída de um técnico.
Mancini é um profissional de alto nível pessoal, que pagou o preço pelas atuações irregulares da equipe. É mais um ciclo que se encerra, como tantos outros em futebol. A curiosidade foi que, tanto como foi na sua outra passagem pelo clube, sai invicto na competição e, por coincidência, no mesmo dia (14 de fevereiro) em que foi demitido na outra vez.
Roger Machado, grande jogador, técnico consagrado, chega outra vez para exercer o cargo no Grêmio. Foi muito útil na sua anterior passagem pelo clube como treinador. Organizou uma equipe que depois veio a conquistar títulos importantes. Espero que tenha a mesma lucidez que tem demonstrado por onde passa, fazendo bons trabalhos.