Apesar da queda para a Série B, o Grêmio deve manter o vice de futebol Dênis Abrahão e o técnico Vagner Mancini para 2022. O dirigente já foi convidado oficialmente pelo presidente Romildo Bolzan Júnior a permanecer e confirmou que deseja manter o treinador. A avaliação é de que ambos fizeram o que foi possível na reta final do Brasileirão e já têm os diagnósticos necessários para a conquista do acesso no próximo ano.
— Vou dar uma resposta ao presidente Romildo até segunda. Se depender da minha vontade, não preciso dizer qual é. Mas eu não vivo sozinho, vivo do meu trabalho, preciso falar com meus sócios. Vou ser avô, mas principalmente (preciso ver) o aspecto profissional. Só não respondi ainda porque meu sócio chega sábado e domingo vamos ter uma reunião, onde vou decidir o meu futuro — explicou Abrahão.
Já Mancini confirmou o desejo de permanecer.
— É óbvio que eu quero ficar, quero fazer parte, não sou um cara de desistir. Faço parte de uma geração vencedora de Libertadores, e por isso aceitei o desafio. A conta era de 50% que achei que era o suficiente. Chegamos próximos, mas não foi suficiente. Por mais difícil que seja, a noite vai ser dura, mas o Grêmio tem de estar de pé, pelo tamanho que tem. Sabia que poderia dar certo ou não, mas não vou jogar a toalha — declarou o treinador, logo após a confirmação do rebaixamento.
A única possibilidade de Mancini não ficar é se Dênis Abrahão decidir deixar o cargo, o que não é a tendência.
Confira os três motivos que pesam para a permanência do técnico e do vice de futebol nos cargos:
1) Melhora de rendimento na reta final
Segundo entendimento dominante no clube, o Grêmio não caiu por contra do trabalho de Dênis Abrahão e Vagner Mancini. Pelo contrário. A avaliação é de que se a dupla tivesse chegado antes, o rebaixamento teria sido evitado. De acordo com a direção, o rendimento e a entrega do time na reta final do Brasileirão credenciam o treinador e o vice de futebol para ficar e conquistar o acesso.
2) Conhecimento do grupo e dos diagnósticos
Tanto Dênis quanto Mancini possuem todos os diagnósticos sobre as causas do rebaixamento e sobre o que precisa ser feito na Série B em 2022. Além disso, conhecem com propriedade o grupo de jogadores e sabem quais as principais carências. Segundo Romildo e seus pares, uma troca no comando do futebol e da comissão técnica faria o clube perder tempo, pois os novos comandantes precisariam de um período para avaliar o cenário.
3) Perfil desejado para o departamento de futebol
O presidente Romildo Bolzan Júnior pretende manter o atual modelo do departamento de futebol, com a figura de um "homem-forte" ocupando a vice-presidência, auxiliado por um executivo mais discreto. Nesta conjuntura, a avaliação é de que o nome de Dênis Abrahão é o mais adequado entre as possibilidades. Por esta razão, a confiança do dirigente no trabalho de Mancini pesa em favor da permanência também do treinador.