O Grêmio lamenta a saída iminente de Ferreira e evita falar em venda. De acordo com o vice-presidente de futebol Marcos Herrmann, o Atlanta United, dos Estados Unidos, está prestes a executar uma "compra hostil". Ou seja, os norte-americanos irão cobrir a multa rescisória estipulada em contrato e, assim, levarão o jovem atacante gremista.
Ao mesmo tempo em que Felipão perde um de seus titulares enquanto briga para sair da zona de rebaixamento do Brasileirão, o clube consolida sua condição de formador de extremas. Mais do que isso, confirmada a transferência, o Tricolor pode superar a marca de R$ 280 milhões arrecadados apenas com vendas de atacantes de lado de campo formados nas categorias de base durante a gestão de Romildo Bolzan Júnior.
Pedro Rocha
Personagem do título da Copa do Brasil de 2016, Pedro Rocha foi o primeiro a ser negociado. Na metade de 2017, o atleta foi negociado para o Spartak Moscou, da Rússia, por 12 milhões de euros (cerca de R$ 65 milhões pela cotação da época). Como havia comprado a porcentagem dos direitos econômicos que pertenciam ao Diadema-SP, o clube gaúcho acabou lucrando todo o valor da venda naquele momento.
Tetê
Agenciado pelo mesmo empresário de Ferreira, o jovem Tetê (então com 19 anos) deixou a Arena no início de 2019, sem nem mesmo ter estreado como profissional. Apesar do atrito gerado com Pablo Bueno, o negócio rendeu 10 milhões de euros (cerca de R$ 43 milhões) aos cofres gremistas. Este foi o valor pago pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, para adquirir os 45% que pertenciam ao Tricolor.
Everton
Em agosto de 2020, o Grêmio finalmente cedeu à pressão europeia e aceitou vender Everton. O atacante, que havia sido um dos destaques da Seleção Brasileira na conquista da Copa América no ano anterior, resultou na segunda maior venda da história do clube: 20 milhões de euros (R$ 128,2 milhões) pagos pelo Benfica, de Portugal. Detentor de 65% do passe, o Tricolor recebeu 13 milhões de euros (R$ 83,3 milhões). O valor restante será dividido entre Fortaleza, o empresário Gilmar Veloz e o investidor Celso Rigo.
Pepê
Apontado como o "novo Cebolinha", Pepê teve o mesmo destino de seu antecessor: Portugal. Em fevereiro deste ano, o jogador foi vendido ao Porto por 15 milhões de euros (R$ 98,1 milhões na cotação da época). Do total, 10 milhões de euros (R$ 65,4 milhões) foram destinados aos cofres gremistas. O restante pertence ao Foz do Iguaçu, que revelou o atacante. E o clube gaúcho ainda ficou com 12,5% sobre uma futura transação feita pelos portugueses.
Ferreira
Por fim, chegamos a Ferreira. A informação trazida por Eduardo Gabardo é que o Atlanta United apresentou uma oferta de 8 milhões de euros (R$ 49,2 milhões), que cobre a multa rescisória do jogador. Dono de 50% dos direitos econômicos, o Grêmio receberá exatamente a metade: 4 milhões de euros (pouco mais de R$ 24,6 milhões).
Confira o total das vendas:
Pedro Rocha: 12 milhões de euros (R$ 65 milhões)
Tetê: 10 milhões de euros (R$ 43 milhões)
Everton: 20 milhões de euros (R$ 182,2 milhões) — R$ 83,3 milhões para o Grêmio
Pepê: 15 milhões de euros (R$ 98,1 milhões) — R$ 65,4 milhões para o Grêmio
Ferreira: 8 milhões de euros (R$ 49,2 milhões) — R$ 24,6 milhões para o Grêmio