Destaque das categorias de base do Grêmio, o atacante Tetê deverá ser negociado com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. A negociação entre os clubes avançou neste final de semana e a concretização depende de alguns detalhes.
A primeira proposta, rejeitada pelo Grêmio, não fez os ucranianos desistirem de Tetê. O clube mudou sua oferta e ofereceu 10 milhões de euros para os gaúchos, por 45% dos direitos econômicos do jogador de 19 anos. Dessa forma, o Grêmio ainda ficaria com um percentual de 15% sobre o atleta, além de um percentual por ser formador, o chamado mecanismo de solidariedade. Os outros 40% restantes pertencem ao próprio Tetê e seu representante, Pablo Bueno.
Mesmo sem ter atuado no time profissional, Tetê foi incluído no perfil de jogadores que o Shakhtar considera extraclasse. Além da qualidade técnica, o comportamento fora de campo do jogador motiva o clube ucraniano a fazer o investimento. Em agosto passado, Tetê foi convocado por Tite para treinar nos Estados Unidos com a Seleção Brasileira, na fase de preparação para amistosos contra a seleção dos Estados Unidos e a de El Salvador.
— A vida pessoal dele foi investigada. Concluíram que trata-se do perfil que procuram. Por um jogador extraclasse, com bom comportamento, o Shakhtar entende que o nível de risco é muito pequeno — disse o empresário Pablo Bueno, quando a primeira oferta foi apresentada.
Com o sim do Grêmio, os representantes do jogador negociam detalhes do contrato com o Shakhtar Donetsk para que a negociação seja finalizada e a transferência, que será imediata, anunciada. Ao contrário da maioria dos países europeus, a Ucrânia permite contratações até o dia 1º de março.
Segundo uma pessoa ligada à diretoria gremista, o desfecho está próximo.
— Não está finalizado, mas bem encaminhado. Faltam assinaturas recíprocas.
Grêmio e Shakhtar já possuem um histórico de negociações. Em 2010, o atacante Douglas Costa foi vendido ao clube ucraniano por 6 milhões de euros, o equivalente, na época, a R$ 14,9 milhões. Em junho de 2013, foi a vez do volante Fernando, que custou 13 milhões de euros (na época, R$ 36 milhões).