A segunda-feira (5) foi intensa no Grêmio com conversas desde a manhã em busca do nome do substituto de Tiago Nunes, demitido depois da derrota para o Atlético-GO, pouco mais de dois meses de sua chegada ao clube. A falta um consenso em torno da contratação um novo treinador levou a direção a definir o técnico da transição Thiago Gomes como comandante interino da equipe no Brasileirão. Gomes estará na Arena Palmeiras na quarta-feira (7) e também deverá comandar a equipe no Gre-Nal do próximo sábado (10), na Arena.
Desde que a saída de Tiago Nunes passou a ser tendência com a derrota para o Juventude, em Caxias do Sul, na última quarta-feira (30), a diretoria do Grêmio definiu que precisava de um treinador com experiência para comandar o vestiário, carente de uma grande liderança desde a saída de Renato Portaluppi, em abril. Por conta disso, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, foi o primeiro nome que saiu dos bastidores gremistas. Ainda pela manhã de ontem, o empresário do treinador, Jorge Machado, admitiu o interesse do ídolo em retornar ao comando técnico depois de sua última passagem, de 2014 a 2015.
— Sou o empresário do Felipão e sei que o Grêmio, para ele, seria um prazer. Ninguém do Grêmio me falou que o Felipão vai ser o treinador. Só estou te dizendo que o Felipão trabalharia no Grêmio, com certeza — declarou Machado.
O nome de Luiz Felipe Scolari, porém, nunca foi unanimidade dentro do clube, tanto na direção quanto no vestiário. Mesmo que não tenham poder de decisão, os jogadores que lideram o elenco tiveram suas opiniões levadas em conta nos debates. Entre os atletas, o nome Felipão encontrou resistência enquanto a volta de Renato é a preferência da maioria.
Isso ajudou a fortalecer a posição de dentro da diretoria favorável ao retorno do ex-treinador, que, de acordo com informações apuradas pelo colunista de GZH Eduardo Gabardo, está disposto a conversar sobre sua volta. À tarde, duas reuniões importantes ocorreram. A primeira entre membros da direção de futebol. Dali, o nome de Renato Portaluppi saiu fortalecido para a costumeira reunião dos homens do Conselho de Gestão, normalmente realizada no final das tardes de segundas-feiras.
Entre os dirigentes que fazem parte da gestão Romildo Bolzan Jr, porém, não houve unanimidade em torno do nome de Renato Portaluppi, que encontra resistência também na parte administrativa do clube. Romildo é favorável ao retorno de Renato.
Diante da situação, a reunião terminou por volta das 20h sem consenso sobre o nome do novo técnico. Dessa forma, Thiago Gomes recebeu um voto de confiança para poder, além do jogo contra o Palmeiras, seguir comandando a equipe. Entre os jogadores, de acordo com o apurado por Zero Hora, a possibilidade de efetivação de Thiago Gomes é bem aceita, o que tira o receio da direção de ter um treinador com pouca experiência. Nesse caso, Thiago Gomes ganharia o apoio dos líderes do elenco para a condução do vestiário.
Se Thiago não conseguir mostrar evolução na equipe, a tendência é de que Renato Portaluppi seja procurado. Felipão iniciou o dia como principal nome e terminou fora dos planos na segunda-feira movimentada do Tricolor.