Após a eliminação na Libertadores de forma prematura, ainda na fase preliminar, o Grêmio optou por demitir o técnico Renato Portaluppi após quase cinco anos. O término da relação mais longínqua do futebol brasileiro na atualidade se deu após uma reunião do presidente Romildo Bolzan com os membros do Conselho de Administração do clube. Agora, o Tricolor precisará ir ao mercado em busca de um novo treinador para o restante da temporada de 2021.
Nas próximas partidas pelo Gauchão, e também na primeira rodada da Sul-Americana, contra o La Equidad-COL, na quinta-feira (22), na Arena, o Grêmio deverá ter o comando, de forma interina, de Thiago Gomes, atualmente no time de transição.
Confira cinco nomes disponíveis no mercado
Tiago Nunes
Depois de um começo pelo interior gaúcho — comandando o São Paulo, de Rio Grande, e o Veranópolis —, o treinador ganhou sua primeira oportunidade em um clube de maior porte no Athletico-PR, quando treinou a equipe sub-23. Galgou seu espaço e chegou ao time profissional, onde fez um trabalho de afirmação do clube paranaense, sendo campeão da Copa Sul-Americana em 2018 e da Copa do Brasil em 2019, eliminando o Grêmio na semifinal e o vencendo o Inter na final.
Seu último trabalho foi no Corinthians, em 2020. Em São Paulo, não conseguiu repetir os bons momentos conquistados no Paraná e acabou sendo demitido em setembro do ano passado, após uma derrota para o Palmeiras na Arena Itaquera.
Fernando Diniz
Treinador considerado ofensivo e que prima pela posse de bola de suas equipes. Esteve à frente de Athletico-PR, Fluminense e São Paulo nos últimos anos, mas ainda sem conseguir conquistar títulos e muitas vezes sucumbindo em virtude de ter times defensivamente frágeis.
No último ano, vinha fazendo um trabalho reconhecidamente bom pelos críticos no comando do time paulista, chegando a liderar o Brasileirão por muitas rodadas, mas após a eliminação na semifinal da Copa do Brasil para o Grêmio não conseguiu retomar os bons desempenhos, tendo sido demitido no dia 1º de fevereiro, menos de um mês para o fim da Série A. O Tricolor paulista chegou a ficar seis partidas sem vencer.
Dorival Júnior
Aos 58 anos, Dorival é um técnico conhecido no mercado nacional de treinadores. Experiente, teve seu último trabalho no Athletico-PR, quando acabou sendo demitido em agosto de 2020, com apenas 10 partidas. Tem como principais títulos a Recopa Sul-Americana de 2011, conquistada pelo Inter, a Copa do Brasil de 2010, com o Santos, e a Série B de 2009, com o Vasco.
Recentemente, chegou a ser cogitado para substituir Jair Ventura no Sport, mas por uma questão de problema de saúde na família do treinador, as conversas com o clube pernambucano foram interrompidas na última semana.
Guillermo Barros Schelotto
Com menos de 10 anos de carreira como treinador, Schelotto é um dos ídolos da torcida do Boca Juniors, onde também foi técnico. Iniciou sua trajetória na casamata há nove anos, treinando o Lanús, onde foi campeão da Sul-Americana em 2013. Teve uma experiência de dois jogos no Palermo, da Itália, mas acabou retornando ao Boca, quando se sagrou campeão argentino por duas vezes.
É adepto do esquema tático 4-1-4-1, jogando com uma defesa alta, mas buscando o jogo pelos lados do campo, com ataque posicional, basicamente, essa forma de jogar tem como objetivo ocupar espaços ao invés de puramente tocar a bola.
Seu trabalho mais recente foi no Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos, onde estava desde 2019. Chegou a ser especulado no futebol brasileiro no Palmeiras, após a saída de Vanderlei Luxemburgo, e no São Paulo, que buscou Crespo no Defensa y Justicia no começo deste ano.
Sylvinho
Após deixar os gramados em 2010, Sylvinho se tornou auxiliar técnico de Vágner Mancini, no Cruzeiro, em 2011. Também atuou ao lado do treinador no Sport, antes de exercer a função no Corinthians.
Em julho de 2016, foi anunciado como auxiliar técnico de Tite na Seleção Brasileira, cargo que ocupou até abril de 2019, quando foi escolhido como novo técnico na seleção sub-23, que se preparava para os Jogos Olímpicos. No entanto, antes de assumir o comando da equipe, aceitou convite do Lyon, da França. A primeira e única experiência como técnico não deu muito certo. Com um mau início no Campeonato Francês, foi demitido depois de 11 jogos à frente do clube francês.