Jean Pyerre, 22 anos, conviveu a dor do pai que teve coronavírus. O jogador do Grêmio foi uma das vítimas indiretas da doença que já vitimou mais de 163 mil pessoas no Brasil desde março de 2020. Ao mesmo tempo que se preocupava com o pai internado, também foi contaminado, em meio a recuperação de problemas musculares que o afastaram dos gramados por oito meses. O atleta comentou as emoções em tom de desabafo, nesta quarta-feira (11).
— O grupo todo viveu isso comigo, tanto as lesões quanto o problema de eu quase perder meu pai. E consegui fazer um gol especial para a minha família, porque só a gente sabe o que a gente passou. Rezava para o dia acordar e termos uma boa notícia, que meu pai tinha passado uma noite boa — relembrou o meia, na saída de campo, após o primeiro tempo contra o Cuiabá.
O pai de Jean Pyerre teve covid-19, precisando de semanas de internação em UTI para recuperar-se. O jogador chegou a ser afastado de partidas por não reunir condições psicológicas para entrar em campo. Ele conta como a família encarou as situações.
— Nos juntamos e falamos que íamos dar a volta por cima de tudo isso, e que se os problemas. Se aquilo se apresentava para a gente, era para esperarmos — disse, comemorando a superação: — Graças a Deus recuperamos meu pai, e eu estou no meu terceiro jogo, depois de ir e voltar e não conseguir jogar.