A cada janela de transferências, as equipes brasileiras aguardam ansiosamente por propostas que possam render alívio financeiro de forma direta por jogadores que estão em seu elenco. Mas outro caminho comum para reforçar o caixa é o mecanismo de solidariedade da Fifa, que permite a um clube formador ser beneficiado com uma porcentagem das negociações.
Em 2020, o Grêmio já recebeu R$ 16,4 milhões por este modelo, segundo números do balanço divulgado pelo próprio clube em agosto. A maior parte deste valor é oriunda da venda de Arthur do Barcelona para a Juventus, em que o Tricolor ficou com 3,51% (R$ 15,514 milhões) do valor total de 72 milhões de euros (R$ 442 milhões).
Até mesmo o empréstimo do atacante Dudu, do Palmeiras para o Al Duhail, do Catar, trouxe dividendos ao clube, já que atleta passou pela Arena aos 22 anos, idade ainda considerada dentro do período de formação. Em 20 de julho, a transferência foi anunciada por 7 milhões de euros (R$ 43 milhões), e o Grêmio teve direito a 0,45% do valor (R$ 193,5 mil).
Janela do começo da temporada na Europa
Com a janela de transferências deste início de temporada na Europa e outras ligas do mundo, mais duas negociações renderão ao clube gaúcho. A primeira foi a ida de Jailson do Fenerbahçe para o Dalian Pro, da China, por 4,5 milhões de euros (R$ 28,1 milhões), em setembro. A negociação renderá aos cofres gremistas 20% dos direitos econômicos e mais 1,85% do mecanismo de solidariedade (R$ 519,5 mil), já que o volante campeão da Libertadores de 2017 foi formado pelo clube.
O segundo negócio é a venda de Alex Telles do Porto para o Manchester United por 15 milhões de euros (R$ 99 milhões). Por ter feito parte da formação do lateral-esquerdo que foi trazido do Juventude, o Tricolor receberá 0,57% (R$ 564,3 mil).
Em 2019, o Grêmio contabilizou cinco entradas de verba por meio do mecanismo de solidariedade — Douglas Costa, Léo Jardim, Walace, Fernando e Gabriel Pereira. Os valores ficaram próximos dos R$ 5 milhões.