A artista francesa Claire Tabouret, 43 anos, em associação com a oficina de vidro Simon-Marq, foi selecionada para criar uma série de vitrais contemporâneos para a Notre Dame de Paris, informou um comunicado oficial nesta quarta-feira (18).
"Depois de receber os candidatos e observar a altíssima qualidade dos projetos, o comitê artístico expressou sua preferência pela candidatura do grupo composto por Claire Tabouret e pelas oficinas do mestre vidreiro Simon-Marq", diz o texto.
O presidente francês Emmanuel Macron e o arcebispo de Paris, Laurent Ulrich, impulsionaram o projeto de renovação da catedral, aproveitando a restauração completa da igreja, que sofreu um grave incêndio em 2019.
Esses novos vitrais substituirão seis das sete janelas do corredor sul de Notre Dame, projetadas pelo arquiteto do século XIX Eugène Viollet-le-Duc, até o final de 2026.
O comunicado enfatiza "a altíssima qualidade artística da proposta e sua integração arquitetônica", bem como "o respeito ao programa figurativo escolhido pelo arcebispado de Paris, ligado ao tema de Pentecostes".
Uma vez que o projeto tenha sido concedido pelo órgão público responsável pela reconstrução de Notre Dame, estão previstos seis meses de estudo e aproximadamente um ano e meio de implementação, informaram o Eliseu e o arcebispado.
Oito artistas, cada um associado a uma oficina de vidraceiros, foram selecionados como finalistas para projetar esses vitrais após uma chamada para inscrições lançada em abril, para a qual 110 equipes se inscreveram.
Após a apresentação de um "painel de testes", todos os candidatos participaram de uma audição final como parte do processo de seleção.
Um comitê artístico composto por 20 membros - conservadores de patrimônio, artistas, membros do arcebispado de Paris, o órgão público responsável pela reconstrução e o Ministério da Cultura - foi nomeado pela ministra da Cultura da França, Rachida Dati, para fazer a seleção.
Vários defensores do patrimônio histórico, que promoveram uma petição com quase 245.000 assinaturas até o momento, se opõem ao projeto, argumentando que os vitrais originais afetados não foram danificados no incêndio de abril de 2019.
Após cinco anos de trabalho, a catedral foi reconstruída e reaberta no início de dezembro.
* AFP