Pela quarta fase do projeto do SuperDupla, GaúchaZH elegeu o jogador estrangeiro mais importante da história do Grêmio. Nos mesmos moldes das etapas anteriores, foram escolhidos oito atletas nascidos fora do Brasil, que acabaram sendo confrontados em cruzamentos, como se disputassem um torneio. Comentaristas foram sendo consultados até que um grande vencedor fosse apontado: Hugo de León.
Já nas quartas de final, nomes importantes acabaram ficando pelo caminho, como os centroavantes Hernán Barcos e Lucas Barrios, além dos zagueiros Rivarola e Ancheta. Na semifinal, foi a vez de o lateral-direito Arce e do atacante Scotta serem eliminados.
Assim, chegaram à final dois defensores acostumados a decisões. De um lado, o uruguaio De León, campeão do Brasileirão de 1981, da Libertadores e Mundial de Clubes de 1983. Do outro, o argentino Kannemann, atual zagueiro da equipe, que já ostenta em seu currículo os títulos da Copa do Brasil de 2016, a Libertadores de 2017 e a Recopa Sul-Americana de 2018, além dos Gauchões de 2018 e 2019.
Participaram desta última etapa do SuperDupla o colunista de GaúchaZH José Alberto Andrade, o debatedor do Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, Duda Garbi, e a comentarista do SporTV, Renata Mendonça. Confira:
De León 3x0 Kannemann
José Alberto Andrade
Hugo De Leon é emblemático. A vinda dele para o Grêmio cria um ciclo vitorioso no clube que rompe fronteiras. Em menos de cinco meses, o clube já conquista o Brasileirão e, dois anos depois, ganha a Libertadores e o Mundial. Era um jogadoraço. Clássico e técnico, sem deixar de ser combativo e raçudo. Sabia sair jogando como poucos e exercia uma liderança notável no grupo. Era um como um técnico, ou até um dirigente, dentro do campo . Além disso, protagonizou uma cena que ganhou os tricolores antes mesmo de sua chegada ao clube, comemorando o título do Mundialito de Seleções, em Montevidéu, com a camisa gremista.
Duda Garbi
Embora eu tenha apenas visto e acompanhado muito de perto o Kannemann, o De León tem um histórico de desbravador. Foi campeão da Libertadores pela primeira vez, campeão mundial e jogou à frente de seu tempo. Como jogador, foi uma bandeira no Uruguai. O Kannemann é um cara que eu sou completamente apaixonado. É meu marido! Mas acho que, entre os dois, o De León está na frente pelo ineditismo.
Renata Mendonça
A disputa é acirrada porque envolve liderança e títulos. Os dois foram capitães, os dois ganharam Libertadores, os dois ganharam títulos nacionais (De León ganhou Brasileiro, Kannemann ganhou Copa do Brasil). A diferença, em termos de conquistas, está no Mundial, conquistado pelo uruguaio. Acho que por isso, e pelo fato de De León ter tirado um título de Libertadores do Inter (em 1980, quando ainda jogava pelo Nacional-URU), o uruguaio ainda sai na frente.