Depois de eleger o melhor time, o maior goleador e o maior técnico do Grêmio de todos os tempos, o projeto SuperDupla chega à quarta fase: escolher qual o jogador estrangeiro mais importante da história do clube. Nos mesmos moldes, oito atletas de fora do Brasil que marcaram em suas épocas foram colocados frente a frente em um cruzamento, como se disputassem um torneio. Comentaristas consultados por GaúchaZH irão votar nos vencedores, até apontar um grande nome.
Nas quartas de final, o confronto terá Arce, campeão da Libertadores de 1995, do Brasileirão de 1996 e da Copa do Brasil de 1997, enfrenta Barcos, maior artilheiro estrangeiro do Grêmio. Também terá o duelo entre Hugo De León, capitão da conquista da Libertadores e do Mundial em 1983, contra Rivarola, zagueiro campeão da Libertadores, do Brasileirão e da Copa do Brasil entre 1995 e 1997.
No outro lado da chave, Scotta, argentino e autor do primeiro gol da história do Brasileirão, enfrenta Lucas Barrios, paraguaio campeão da Libertadores de 2017, e Walter Kannemann, campeão da Copa do Brasil de 2016 e da Libertadores do ano seguinte, enfrenta Atilio Ancheta, bicampeão gaúcho na década de 70.
Quem passa para as semifinais? Foram ouvidos os comentaristas do Grupo RBS Filipe Gamba e Diogo Olivier e a comentarista dos canais Sportv Ana Thais Matos. Confira:
Arce 3x0 Barcos
Filipe Gamba
Arce. Barcos é o maior goleador estrangeiro da história do Grêmio, teve sua relevância e importância no Clube, porém, compete com Arce, simplesmente o maior lateral-direito da história do Grêmio.
Diogo Olivier
Arce. Não só pelos títulos, mas pelo que ele representou dentro do clube. Taticamente era superinteligente, jogava por dentro. Se for fazer uma média de um lateral e de um atacante que estava ali para fazer os gols, talvez o Arce seja mais artilheiro que o Barcos, além de mais vencedor.
Ana Thais Matos
Arce. Ganhou tudo entre 1995 e 1997 e é um dos principais jogadores da posição.
De León 3x0 Rivarola
Filipe Gamba
Capitão da América e do Mundo em 83, me antecipo e afirmo que na minha opinião trata-se do maior estrangeiro da história do Grêmio: Hugo De León. Com isso, a comparação é injusta com o grande Catalino Rivarola que ao lado de Adílson Batista formou uma das maiores duplas de zaga da história do Grêmio.
Diogo Olivier
Não tem nem discussão. De León era um cara à frente do seu tempo, ele fazia mais saída de bola que o China, era quase um volante.
Ana Thais Matos
De León. Símbolo da raça e de um time histórico. Ainda tornou-se capitão da equipe e o respeito foi além de Porto Alegre, sendo uma referência pra posição em todo o continente.
Scotta 2x1 Barrios
Filipe Gamba
Néstor Scotta, autor do primeiro gol da história do Brasilerão em 1971, atuou no Grêmio um uma época que o Inter mandava no Estado atingindo a sua sequência de oito títulos gaúchos, Scotta não se definia como um centroavante e sim como um atacante que servia o centroavante, foi o goleador gremista em 1971. Barrios poderia ter feito mais pelo Grêmio, a passagem do centroavante foi marcada pelo decisivo gol contra o Botafogo que classificou o Grêmio na Libertadores de 2017. Porém, em um balanço dos históricos fico com Scotta.
Diogo Olivier
Não eram muito diferentes, mas o Scotta abriu fronteiras no Grêmio. Em 1975, fez muitos gols. Fico com ele.
Ana Thais Matos
Barrios fundamental no título da Libertadores de 2017. Muito dedicado e com gols importantes na trajetória
Kannemann 3x0 Ancheta
Filipe Gamba
Comparação difícil porque aqui é muito complicado separar o histórico do jogador com a sua passagem pelo Grêmio. O histórico, a carreira de Atílio Genaro é superior a de Walter Kannemann, porém, no Grêmio, o argentino foi superior ao uruguaio com dois títulos estaduais, uma Copa do Brasil, uma Libertadores e uma Recopa.
Diogo Olivier
O mais difícil pelo tamanho do Ancheta, que jogou Copa do Mundo. Acho que o Kannemann superou o Ancheta, pelos títulos que conquistou, pela regularidade em altíssimo nível. Acho que o Kannemann conseguiu superar e não é pouca coisa superar o uruguaio.
Ana Thais Matos
Kannemann responsável (além do campo e bola) pelo orgulho das tradições gremistas. Formou ao lado de Geromel a melhor dupla de zaga do Brasil por um tempo.