Nas últimas duas semanas, GaúchaZH consultou comentaristas para eleger o goleador mais importante da história do Grêmio. O título ficou com Paulo Nunes, camisa 7 na conquista do bicampeonato da Libertadores em 1995. Pelo Tricolor ainda conquistou um Brasileirão, em 1996, e uma Copa do Brasil, em 1997.
No começo da competição foram selecionados oito jogadores que foram artilheiros em suas épocas. Elas foram confrontados em uma espécie de torneio, com chaveamento de quartas de final e semifinal, até chegar à grande decisão.
Nas quartas de final, atacantes históricos foram eliminados, como Gessy, terceiro maior artilheiro do clube e goleador do Gauchão de 1960, Tarciso, campeão da Libertadores e Mundial de 1983, Jonas, artilheiro do Brasileirão de 2010, e Baltazar, autor do gol do título Brasileiro de 1981, o primeiro do Tricolor.
Na semifinal, a disputa foi ainda mais acirrada. Luan, campeão da Libertadores em 2017 e melhor jogador da América naquele ano, e Alcindo, artilheiro de três Gauchões (1965, 1968 e 1976) e homem que mais vezes marcou com a camisa tricolor.
Assim, dois companheiros de equipe do título da Libertadores de 1995 chegaram a grande decisão. De um lado, Paulo Nunes, multicampeão com o Tricolor, do outro, Jardel, artilheiro da conquista da América. Fizeram boas parcerias dentro de campo, mas apenas um será o vencedor.
Participaram desta última etapa do SuperDupla, os colunistas de GaúchaZH Leonardo Oliveira e Diogo Olivier, e a comentarista da SporTV, Ana Thais Matos.
Final
Paulo Nunes 2x1 Jardel
Leonardo Oliveira
Jardel, é claro. Embora Paulo Nunes tenha sido o goleador do Brasileirão de 1996, Jardel era o gol cristalizado em pessoa. Parecia que tinha ligação direta com as redes. Marcava de cabeça, mas também de canela, de peito, de pé direito, esquerdo e, por último, até de voleio. Foram 18 meses de Grêmio e um lugar na história ao lado de camisas 9 como Baltazar, André Catimba e Luiz Carvalho, só para ficar nesses três.
Diogo Olivier
Paulo Nunes. O Jardel era um artilheiro nato, mas tinha limitações técnicas. Embora fosse um cara com qualidade, precisava de alguém para botar a bola para ele, Arce, o próprio Paulo Nunes. Se imaginava que o Paulo Nunes existia por causa do Jardel, mas quando o camisa 16 saiu, o "Diabo Loiro"fica e o Grêmio é campeão brasileiro em 1996. Prova que ele é um atacante por si só, uma estrela, fazendo gol na final, inclusive.
Ana Thais Matos
A imagem do Jardel em 95 é muito forte, mas Paulo Nunes pelo conjunto da obra soube desfrutar melhor da camisa do Grêmio, além de ter conquistado muitos títulos importantes, foi artilheiro do Brasileiro de 1996 e depois da Copa do Brasil.