Em sua quarta fase, o projeto SuperDupla quer saber qual o jogador estrangeiro mais importante da história do Grêmio. Para isso, GaúchaZH elaborou uma espécie de torneio, com oito atletas nascidos fora do Brasil, e consultou comentaristas que apontaram um dos nomes para avançar à etapa seguinte.
Nas quartas de final, ídolos gremistas acabaram ficando para trás, como os atacantes Barcos e Lucas Barrios, e os zagueiros Rivarola e Ancheta. Agora é a vez dos confrontos válidos pela semifinal.
No primeiro duelo, o lateral-direito paraguaio Arce, multicampeão na década de 1990, terá um páreo duro com o zagueiro Hugo de León, capitão das conquistas da Libertadores e do Mundial de 1983. Do outro lado do chaveamento, o atacante argentino Scotta, que marcou o primeiro gol da história gremista em Campeonatos Brasileiros, enfrentará o zagueiro Walter Kannemann, que eternizou seu nome ao conquistar a Copa do Brasil de 2016 e a América no ano seguinte.
Quem passa para a grande decisão? Foram ouvidos os comentaristas do Grupo RBS Leonardo Oliveira, Rafael Colling e o apresentador dos canais Sportv André Rizek. Confira:
Arce 0x3 De León
Rafael Colling
Arce foi fundamental na conquista do bicampeonato da Libertadores e outros campeonatos. Está entre os melhores laterais que o Grêmio já teve. Batia na bola como poucos e seus cruzamentos foram importantes para a consagração de Jardel. Mas poucos atletas são comparáveis a Hugo De León no Grêmio. Um zagueiro técnico, líder, inteligente e raçudo. Campeão brasileiro, da Libertadores e do Mundo. A saída de bola qualificada do Grêmio já começava por ele, além da imposição física na área para suportar pressões dos adversários. Um zagueiro completo.
Leonardo Oliveira
Sem sombra de dúvidas, De León. Era, além de um zagueiro de extrema qualidade, era um líder dentro e fora de campo. Foi a voz forte e o guia daquele Grêmio multicampeão entre 1981 e 1983. Arce era exímio na batida da bola. Embora virtuoso, não tinha e nem nunca terá a relevância de De León.
André Rizek
Arce é excelente! Mas De León se tornou um símbolo do “gremismo”.
Scotta 0x3 Kannemann
Rafael Colling
Apesar de ser um jogador qualificado e que brilhou em alguns momentos pelo Grêmio, Scotta foi abafado pelo auge de um Inter que abocanhava todos os títulos regionais e despontou no cenário nacional. Kannamann, não. Foi exemplo de raça e superação, sendo peça importantíssima na conquista da Copa do Brasil de 2016, quando ajustou uma zaga que falhava bastante, e no título da Libertadores de 2017. Tinha e ainda tem limitações técnicas, mas plenamente compensadas com raça, imposição na área e medalhas no peito.
Leonardo Oliveira
Kannemann será lembrado no futuro como o argentino que formou uma das maiores duplas de zaga da história do Grêmio. Trata-se de um jogador que desembarcou sem alarde e, em poucos jogos, se tornou um dos pilares do time em conquistas importantes, como o penta da Copa do Brasil e o tri da América. Scotta era um atacante de movimentação, algo comum hoje, mas estranho àquele começo dos anos 1970, em que se usava dois ponteiros nos flancos e um camisa 9 centralizado. O grande triunfo de Scotta, buscado por empréstimo no River, foi ter feito o primeiro gol da história dos Brasileirões, em 1971.
André Rizek
Kannemann representa um momento mais vitorioso do Grêmio.