A proposta feita pela CBF e aprovada pelos clubes de tentar iniciar o Brasileirão em agosto é vista pelo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, como um marco para o futebol brasileiro neste momento de paralisação pelo coronavírus. O dirigente admitiu que a possibilidade depende de uma série de fatores, mas ressaltou que é fundamental ter ao menos um esboço do calendário neste momento.
— Se as coisas se encaminharem nesse sentido, (a volta) será no mês de agosto. Falamos da data de 9 de agosto, mas pode ser dia 15 ou 22. Essa data seria um marco para o retorno do futebol brasileiro tanto para o Brasileirão quanto para a Copa do Brasil — disse o dirigente durante participação no programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha.
Um fator determinante para a volta do Brasileirão é de que 80% das cidades com clubes na competição sejam liberadas para receber os jogos. Romildo revelou ainda que a CBF pretende aproveitar datas que seriam da Libertadores em razão da incerteza sobre o retorno da competição continental.
— Essa (retorno da Libertadores) é a única situação que está aberta. Se há um marco no futebol brasileiro, a Conmebol ainda não conseguiu determinar os seus campeonatos. Isso no momento dá margem até para a CBF avançar seu calendário.
A CBF projetou o final de semana de 9 de agosto para começo do Brasileirão em reunião realizada com clubes da Série A e B do Brasileirão nesta quinta-feira. A data e o cronograma de retorno foram propostos pelo presidente da entidade, Rogério Caboclo, e apoiados pelos dirigentes das equipes.
A ideia da CBF é de que as competições nacionais sejam reiniciadas mesmo sem o término do campeonatos estaduais. No caso do Gauchão, a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) ainda trabalha com a possibilidade de voltar a disputa na segunda metade de julho, se estendendo justamente até a data estipulada para o retorno do Brasileirão, caso o Caxias não vença o segundo turno da competição.