O começo da temporada de 1995 tinha um objetivo muito claro para o Grêmio de Danrlei: vencer a segunda Libertadores. O maior rival, segundo o ex-goleiro, era o Palmeiras. Os paulistas reuniam jogadores de Seleção no plantel e faziam valer o aporte financeiro milionário da época. O ídolo foi o convidado do Papo Gre-Nal desta terça-feira (9).
— A gente respirava Palmeiras porque sabia que em algum momento iria bater de frente com aquele time. E sabia que tinha chance de vencer — revela, reconhecendo a importância do triunfo nas quartas de final:
— Jogava contra todos os outros adversários sabendo que quem podia tirar nosso sonho seria o Palmeiras. Se passasse do Palmeiras, 80% do objetivo estaria alcançado.
Danrlei se refere àquele Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo e da Parmalat como "uma máquina". O meia-atacante Rivaldo e os laterais Cafu e Roberto Carlos, posteriormente pentacampeões da Copa do Mundo sob o comando do gremista Felipão, faziam companhia a Müller, Flávio Conceição, Zago, Amaral e outros jogadores em grande forma.
Do lado tricolor, no entanto, o plantel também tinha suas qualidades. Danrlei enaltece os parceiros de defesa para elogiar a qualidade do elenco montado pelo então presidente Fábio Koff e o vice Cacalo.
— Dinho já era campeão do mundo e na hora do "para capar" não se encolhia. Tinha mais atrás o Adilson e o Rivarola com experiência de seleção e grandes clubes. O Arce vinha e colocava a bola onde queria. Montaram uma espinha dorsal experiente e com capacidade para orientar eu, Roger e os outros jovens que surgiam. A base era muito forte, o time era muito forte — destacou.
Segundo o técnico Felipão, a montagem daquele plantel multi-campão começou ainda em 1994. O técnico diz que buscava — e encontrou — jogadores "jovens que tivessem o espírito que o Grêmio sempre teve".
— Aquele grupo era muito bom, muita amizade e ambiente maravilhoso. Isso que nos levou a conseguir o título. Foi trabalho, vontade, dedicação e ensinamento, mas também a união foi muito importante — reconheceu.