Se o confronto entre Grêmio e Palmeiras neste domingo (14) promete ser eletrizante, imagine como foi em 1995. Naquele ano, gaúchos e paulistas duelaram sete vezes, por três competições diferentes — Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. Para ter uma pequena noção da origem desta rivalidade, GaúchaZH ouviu o meia daquela equipe gremista: Arílson.
— Em 1995, tivemos vários jogos. Teve um 0 a 0, pela primeira fase da Libertadores, que eu lembro porque estava sem contrato e, quando voltamos do Equador (o Grêmio enfrentou Emelec e El Nacional), renovei e o Felipão me colocou para jogar.
Titular da equipe que conquistaria a América meses depois, Arílson era um jovem de 22 anos, e viu de perto a rivalidade crescer após uma goleada no Estádio Olímpico.
— Sem dúvidas, o jogo mais marcante foi o 5 a 0. Até porque eu fiz um gol. Deu uma falta, o Arce rolou a bola e eu chutei lá do meio da rua. A bola desviou no pé do Mancuso e encobriu o Sérgio (goleiro do Palmeiras) — recorda, citando o segundo gol gremista na partida.
Foi nesta partida também, válida pelo jogo de ida das quartas de final da Libertadores, que Dinho e Válber trocaram socos e acabaram sendo expulsos. Arílson, no entanto, relata que não se envolveu na confusão. Prefere guardar na memória a vitória importantíssima sobre o supertime palmeirense.
— Era um grande time! Tinha Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo... Mas nosso time era forte também, tanto que eliminamos eles da Libertadores e Copa do Brasil.