Gauchão, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Libertadores e Recopa Sul-Americana. A lista de títulos de Luís Carlos Goiano com a camisa gremista é extensa. Contudo, nas conquistas da década de 1990, o volante não se notabilizou por balançar as redes adversárias.
— No início de cada ano, eu sempre traçava alguns objetivos pessoais. Sempre fui de fazer poucos gols. Eu tinha uma média de cinco ou seis gols. Mas, em 1996, falei que gostaria de fazer 10 gols e ganhar, no mínimo, dois títulos.
Pois quis o destino que, justamente no ano de 1996, Goiano visse sua promessa por um fio. O adversário era o Palmeiras, que havia eliminado o Tricolor na Copa do Brasil alguns meses antes. E a chance da revanche seria pelas quartas de final do Brasileirão.
— Quando terminou o primeiro tempo, estava 1 a 0 para o Palmeiras e eu tinha tomado o terceiro cartão amarelo. Então, poderia ter terminado o campeonato ali para nós e, até aquele momento, eu tinha feito nove gols. Quando cheguei no vestiário, lembrei do objetivo que tinha traçado lá atrás e pensei: tenho 45 minutos para fazer um gol — lembra.
De fato, a virada gremista aconteceu. O meia Emerson e o atacante Zé Afonso colocaram o Grêmio em vantagem para o jogo da volta, em São Paulo, mas Goiano tratou de aumentar o placar.
— Fizemos 3 a 1 de virada, e esse meu gol, na soma geral, deu a classificação para a gente seguir para a semifinal — recorda o volante, que de Porto Alegre acompanhou a classificação fora de casa, apesar da derrota por 1 a 0 em São Paulo.
Após eliminar o Palmeiras, o Grêmio ainda passaria por Goiás e Portuguesa para ficar com a taça do Brasileirão. Mais de duas décadas depois, o campeonato nacional não inclui mais jogos de mata-mata, mas o duelo deste domingo (14), envolvendo gaúchos e paulistas, é uma briga direta no topo da tabela de classificação.