O Grêmio comemora nesta segunda-feira (11) os 40 anos do seu título mundial. Como já passaram quatro décadas daquele jogo contra o Hamburgo, da Alemanha, muitas histórias são lembradas; outras, inventadas. Afinal, quais são os mitos e as verdades sobre o tema?
GZH foi atrás das principais dúvidas sobre o Mundial do Grêmio. Confira abaixo algumas histórias sobre aquele mês de dezembro de 1983:
Hamburgo com reservas?
Criou-se uma história de que o Hamburgo desdenhava o Mundial e que inclusive teria atuado com reservas contra o Grêmio. Isto não aconteceu. O time alemão, campeão da Copa dos Campeões da Europa, como era chamada na época, teve apenas quatro trocas para o jogo contra a equipe gremista.
Do Hamburgo titular campeão europeu diante da Juventus, da Itália, em maio de 1983, sete jogadores estiveram em campo contra o Grêmio sete meses depois. O centroavante alemão Hrubesch, capitão do time, havia sido vendido para o Standard Liège, da Bélgica, assim como o atacante dinamarquês Lars Bastrup, que retornou ao seu país para atuar no VSK Aarhus. Já o lateral Kaltz e o meio-campo Milewski, ambos alemães, estavam lesionados e também ficaram de fora.
Camisa de Renato está perdida?
Isso não é verdade. Renato usou duas camisetas contra o Hamburgo. Uma delas está com a família dele em Bento Gonçalves. A outra está com o lateral-esquerdo Schröder, que foi o marcador que sofreu com os dribles do atacante do Grêmio.
Grêmio precisou comprar meias azuis?
É verdade. Isto ocorreu no dia do jogo. A organização do torneio mundial exigia que o Grêmio atuasse com meias azuis. Esta informação é confirmada pelo ex-volante China, que creditou à eficiência do superintendente Antônio Carlos Verardi para conseguir o material a tempo. Não bastasse a cor, as meias precisavam ser do mesmo fornecedor do uniforme gremista da época.
Renato quase ficou de fora do Mundial por causa de uma apendicite?
Esta informação não procede. Realmente Renato Portaluppi teve que fazer uma operação por conta de uma forte crise de apendicite, mas isso ocorreu 10 dias depois do Mundial. O jogador passou por cirurgia de uma hora e ficou internado quatro dias no hospital Tacchini, em Bento Gonçalves. Depois, ele teve de ficar em repouso por mais uma semana, o que o atrapalhou na comemoração do título com a família.