Ídolo colorado, o chileno Elias Figueroa vestiu a camisa do Grêmio em 1983. Ele não jogou no clube, apenas colocou o manto na viagem que levava a delegação gremista ao Japão.
Já aposentado, o ex-zagueiro rumava para amistosos com uma seleção de estrelas do futebol sul-americano na Malásia, em Hong Kong e na Indonésia. Ao lado dele estavam craques como o goleiro uruguaio Rodolfo Rodríguez, o meia paraguaio Romerito, o lateral-direito Carlos Alberto Torres e o atacante argentino Oscar Ortiz, que teve breve passagem pelo Grêmio em 1976.
Em uma das escalas do avião, entre Lima e Los Angeles, os gremistas e os jornalistas que estavam na aeronave foram até Figueroa. Educado, ele cumprimentou a todos e topou tirar uma foto com a camisa do Grêmio. Disse até mesmo estar na torcida pelo clube:
— Desejo que o Grêmio seja campeão do mundo para valorizar ainda mais o futebol gaúcho e o povo do Rio Grande, que tanto considero.
Posou, também, para uma foto ao lado de Paulo Sant'Ana, confesso torcedor gremista, que apontou para o cotovelo de Figueroa, em referência às supostas cotoveladas que o chileno desferia nos adversários.
Na torcida pelo Grêmio, mas com o coração colorado, Figueroa foi personagem de uma cena, no mínimo, inusitada daquela viagem. Ou você imaginaria um ídolo do seu clube com a camisa do rival às vésperas de uma decisão?
Pois, em 1983, isso aconteceu.