No fim da tarde de terça-feira (5), data que marcou a reapresentação dos jogadores do Grêmio, confirmou-se que Renato Portaluppi seguirá no Rio de Janeiro pelos próximos dias. Por pertencer ao grupo de risco, o técnico foi orientado a permanecer em seu apartamento na capital fluminense.
15/3 - Protesto pela paralisação
Renato foi um dos principais críticos da continuação do futebol, quando a pandemia do coronavírus estava ainda surgindo no território brasileiro. Após a partida contra o São Luiz, válida pelo Campeonato Gaúcho, realizada sem a presença de torcedores, Renato foi para entrevista coletiva e questionou a demora das autoridades em paralisar os campeonatos nacionais.
— Nós não estamos imunes ao vírus. Quero saber de quem vai ser a responsabilidade, caso alguma coisa mais grave aconteça? Ou será que as pessoas não estão ligadas nisso? Será que o futebol brasileiro não tem que parar? O mundo inteiro está parado. Vamos precisar fazer uma greve? Será que precisaremos chegar nesse ponto? Acho que não precisamos chegar a isso — afirmou em sua entrevista coletiva.
18/3 - Partida de futevôlei
Com a confirmação da parada das competições e da suspensão das atividades do Grêmio, o treinador foi para o Rio de Janeiro, onde foi visto participando de uma partida de futevôlei. O fato provocou questionamentos nas redes sociais, já que treinador pedia a suspensão do futebol por conta da possibilidade de proliferação do coronavírus.
29/3 - Novamente visto na praia
Apesar da polêmica causada pela partida de futevôlei, o gaúcho voltou a ser visto nas areias da praia do Rio de Janeiro. Desta vez, Renato foi fotografado na companhia de dois amigos. Procurado, o Grêmio preferiu não se manifestar sobre o caso. Como treinador e demais membros da comissão técnica e jogadores estavam liberados das atividades do clube, a direção entendeu que essa a decisão de sair de casa era de caráter pessoal de cada funcionário.
03/4 - Renegociação de salários
No começo de abril, Renato participou da renegociação salarial com o presidente Romildo Bolzan. Além dos atletas, a comissão técnica gremista também aceitou uma redução nos vencimentos mensais durante a pandemia e a paralisação dos torneios.
22/4 - Carta pedindo união no futebol
A pedido do portal Globo Esporte, o técnico escreveu um texto onde pedia a união do futebol brasileiro nesse momento de luta contra a convid-19.
— Tenho sempre na minha cabeça que é preciso tirar lições das dificuldades, aprender com elas. Mas, principalmente, buscar oportunidades quando as coisas parecem mais complicadas. Não sabemos o que vai ser do futebol brasileiro quando tudo isso passar e as coisas forem voltando ao normal, mas entendo que essa é a grande chance que o futebol tem de se unir. De uma vez por todas — declarou.
27/4 - Conversa com Bolsonaro
No final de abril, Jair Bolsonaro ligou para o gremista. O presidente da República queria saber a opinião do técnico sobre a possibilidade de retorno do futebol no Brasil. Bolsonaro ouviu de Renato que as competições até podem voltar, desde que isso seja feito com muito cuidado. Para Portaluppi, de nada adianta os grandes clubes tomarem os cuidados necessários se as equipes de menor estrutura não puderem fazer o mesmo.
25/4 - Doação de uma tonelada de alimentos
Renato doou uma tonelada de alimentos para a ONG Renascer da Esperança, na Restinga. A doação ocorreu em meio à "Live do Bem", do grupo Samba Tri, que foi realizada para divertir as pessoas, mas que também teve um forte objetivo social, arrecadando alimentos. Renato estava acompanhando do Rio de Janeiro e, em contato com seu empresário, pediu informações e fez a doação.
02/5 - Busca por hotel
Como o hotel onde Renato mora em Porto Alegre está fechado durante a pandemia do coronavírus, o Grêmio precisou procurar um novo local onde o técnico pudesse se hospedar na Capital. Na quarta-feira (5), o portal Globo Esporte afirmou que o clube já encontrou um novo lugar para abrigar o treinador.
05/5 - Recomendação para seguir no Rio
Um dia antes da data marcada para Portaluppi voltar ao Rio Grande do Sul, o Tricolor informou que seu comandante seguiria no Rio de Janeiro. Como pertence ao grupo de risco do coronavírus por ter histórico de cirurgias cardíacas, Renato recebeu a recomendação de seguir em isolamento.