Por enquanto, a reapresentação dos jogadores do Grêmio está marcada para o final desta semana, no sábado (2), no CT Luiz Carvalho. Mas a direção ainda aguarda alguns detalhes para confirmar oficialmente a data.
O primeiro é uma reunião nesta terça-feira (28), por videoconferência, entre os dirigentes de clubes da Série A. A ideia é ter uma decisão unificada, com protocolos rígidos para preservar a saúde dos funcionários.
Além disso, a direção do Grêmio também terá contato com autoridades da saúde da prefeitura de Porto Alegre, para que a decisão tenha respaldo de profissionais da área. Se houver consenso entre os clubes, com a autorização local, a reapresentação será confirmada.
Em avaliação interna, os dirigentes acreditam que até o início de maio será possível voltar ao trabalho. E, em um cenário positivo, o clube poderá ter jogos oficiais para disputar em junho.
Liberação do CT
Existe, porém, uma pendência séria para a volta aos trabalhos: a possibilidade ou não da utilização do CT Luiz Carvalho. O local não está liberado para funcionamento em atividade profissional, como ocorre com academias e clubes em Porto Alegre. Será necessária uma liberação das dependências por parte da prefeitura, algo que é esperado até a próxima quinta-feira (30).
Se o centro de treinamentos for liberado, poucas são as modificações físicas no local. Não há a previsão de alguma construção para se adaptar à situação. O máximo que pode ocorrer é a colocação de uma estrutura provisória ao lado do campo para utilização por parte dos atletas, evitando que eles circulem pelos vestiários, seja para troca de equipamento, fazer lanche ou outras necessidades. A ideia é deixar os atletas o mais ao ar livre possível. É certo, porém a redução de pessoas trabalhando no complexo.
Também está prevista a redução no uso do refeitório, ao menos como área de alimentação coletiva. É bem provável que a alimentação seja preparada na cozinha do restaurante para serem consumidos em área externa, obedecendo distanciamento entre as pessoas.
O número de jogadores nos treinos e os testes clínicos a que eles se submeterão não estão definidos pelo clube, que aguarda protocolo nacional por parte da CBF e orientações da Federação Gaúcha de Futebol. Nestas orientações estará a questão do fornecimento e obrigatoriedade de kits de testes para os clubes.
Há a quase certeza de que o elenco será dividido em grupos pequenos para atividades físicas, não sendo ainda adotadas medidas para a volta dos trabalhos coletivos. Há uma previsão da necessidade de 15 dias para pré-temporada, estimativa baseada no condicionamento físico e técnico individual dos atletas.
Os cuidados redobrados com limpeza e rigidez no controle sanitário já haviam sido colocados como pontos fundamentais no processo. No Grêmio, a liderança deste processo está nas mãos de Ciro Simoni, diretor médico do clube e com a experiência de ser ex-Secretário Estadual da Saúde. Ele vem coordenando os encontros e elaborando o plano de retomadas das atividades. O técnico Renato Portaluppi e seu assistente Alexandre Mendes não participam das reuniões diretamente, sendo, porém, informados das decisões.
Caso não haja nesta semana a liberação do CT Luiz Carvalho por parte da prefeitura, o Grêmio voltará a utilizar o tele-trabalho, com os preparadores físicos e técnicos instruindo os jogadores por vídeo e passando a carga de exercícios a ser cumprida.
Mesmo reconhecendo que a prática foi bem assimilada quando usada no início da pandemia, a preferência é pela atividade no campo. Tão logo saiam as decisões e orientações das autoridades e da CBF, o Grêmio publicará seu planejamento para uma retomada no final desta semana, seja real ou virtual.