Sinceramente, não levo muita fé de que Kannemann sairá do Grêmio neste primeiro semestre. Porém, ao mesmo tempo, também não duvido que, até o fim de 2019, ele possa deixar a Arena. Abordo o assunto por conta da especulação de que o argentino foi sugerido como reforço para o Atlético de Madrid.
Mesmo que o contrato de Kannemann seja longo — vai até 2022 —, se um grande europeu baixar em Porto Alegre e pagar a multa rescisória, algo em torno de R$ 75 milhões, leva o zagueiro.
É neste momento, na minha opinião, que entra o Grêmio, caso chegue tal proposta. O clube precisaria fazer como o Cruzeiro, no caso Thiago Neves, que ofereceu aumento de salário ao meia, por conta do assédio tricolor. Claro, o leitor pode argumentar que Kannemann já ganha uma fortuna, já ganhou aumento, que chega de reajuste para ele, toda aquela coisa.
Concordo, essa lógica se aplicaria em boa parte das profissões. Mas, no mundo do futebol, movido pela paixão do torcedor e por muita grana, a relação entre empregador e empregado é diferente. Se um cara como Kannemann for embora, temos reposição à altura para ele? Não.
Casos excepcionais
Ah, pode aparecer alguém da base, do interior paulista ou sei lá de onde mais? Pode, claro. Mas também pode não aparecer e surgir um Bressan da vida, que passa anos afundando um time. E aí, meu amigo, quem será xingado na rua não serei eu nem você, será o presidente, que "deixou" Kannemann ir embora.
Por esse motivo, a decisão de abrir ou não o cofre tem tanta importância. Então, espero que Romildo abra o cofre em casos excepcionais.