O vazamento de informações afastou Renato Portaluppi do Flamengo. O técnico, que, no máximo, admitia estudar uma proposta do clube carioca, incomodou-se em saber que, no Rio, o acerto já era dado como certo pelas duas chapas que disputarão a presidência dia 8 de dezembro.
Esse fator foi decisivo para levá-lo a renovar contrato com o Grêmio. Na tarde desta quinta-feira (29), em entrevista coletiva à imprensa, o presidente Romildo Bolzan fez o anúncio oficial da permanência de Renato por mais um ano no clube.
Um vazamento, em especial, tirou o treinador do sério. Ele soube, ainda pela manhã, de uma investida do Flamengo para contratar o zagueiro Kannemann. Seria uma movimentação normal de mercado se pessoas ligadas ao clube do Rio não tivessem dito que o próprio treinador havia indicado o argentino.
Renato irritou-se. Disse a amigos próximos que jamais recomendaria um jogador sem ter assinado contrato com outro clube. Entendeu que lhe faltaria no Rio a lealdade que desfruta no Grêmio. E decidiu ficar.
No início da semana, quando até mesmo seu salário no Flamengo era anunciado, bem como a intenção de levar junto toda a comissão técnica, Renato garantia a pessoas próximas que sua decisão não havia sido tomada.
Alegava que uma decisão tão forte, que envolvia questões familiares e aspectos como planejamento de trabalho e montagem de grupo, levaria tempo para ser tomada. E seu único foco era garantir a vaga direta na Libertadores. Uma vitória domingo confirmará seu projeto.