Foi uma surpresa total. O atacante Pedro Rocha, ex-Grêmio e atual Spartak Moscou, não fazia ideia de que uma estátua sua havia sido encomendada pelo seu pai Jessé Nevez – uma referência à conquista da Copa do Brasil de 2016. Quem garante isso é o próprio atleta. Segundo ele, só foi descobrir quando a obra estava pronta.
— Não sabia de nada, foi surpresa realmente. Soube somente quando vazaram algumas fotos e acabei vendo sem querer. Fiquei muito feliz pelo presente e homenagem que recebi, não só do meu pai, mas da família toda — garantiu o atleta em entrevista à reportagem de GaúchaZH, nesta segunda-feira (19).
Desde o último dia 9 de novembro, a Avenida Goethe, em Porto Alegre, possui uma novidade: uma escultura de Pedro Rocha feita em bronze, com 150 quilos e 1m80cm de altura. A obra foi confeccionada a pedido dos pais do atacante. Ele foi um dos responsáveis pelo título gremista no torneio nacional, após marcar dois gols contra o Atlético-MG na partida de ida da final, em pleno Mineirão. Além da homenagem, o objetivo da família é eternizar o momento da comemoração.
— Achei bem bacana, pra mim representa muita coisa. Sem dúvida uma coisa que vai ficar marcada na minha vida — afirmou emocionado.
Uma das maiores preocupações quando se pensa em uma estátua é a questão estética – se será ou não parecida com o homenageado. Mas esse, sem dúvida, não é problema para a peça de Pedro Rocha. Criada pelos artista Vinícius Vieira e Mario Caldeira, ambos gremistas, a obra foi aprovada com êxito pelo atacante.
— Ficou bem parecido, os artistas a fizeram muito bem. Acredito que quando eu conhecer e tirar uma foto pessoalmente com ela é que vai dar pra comparar melhor (risos)... mas ficou top — brincou.
Pedro Rocha atuou por três temporadas no Tricolor gaúcho e foi vendido ao Spartak Moscou por 12 milhões de euros em agosto de 2017. Com a camisa da equipe russa, o atacante não nega que o começo foi difícil. Em seu primeiro ano, o brasileiro não teve uma grande sequência de jogos. Porém, agora afirma já estar ambientado e até arranha um pouco do idioma local.
— Sim, já estou bem adaptado. Logicamente, alguns fatores complicam um pouco mais a adaptação no início, como o frio e a língua. Mas creio que agora já estou bem adaptado, sim — ressaltou — Nunca fiz aula (de russo), mas falo um pouco — completa.
De longe, Pedro acompanha o futebol brasileiro. Diz ter amigos em muitos clubes pelo Brasil, principalmente no Grêmio. Sobre uma possível volta para o país natal, ele não foge e diz que, se acontecer, o voltará feliz.
— Sempre procuro deixar as portas abertas e nunca direi que não vou voltar. Estou bem adaptado na Rússia e fui muito bem recebido aqui no clube. O futebol é muito dinâmico, mas não procuro me preocupar com isso, pois meu representante cuida de toda essa parte para que eu possa manter o foco no campo. Se for pra voltar, o farei feliz como estou aqui também — finalizou.
Durante o tempo que vestiu o manto tricolor, Pedro Rocha marcou 32 gols em 126 partidas e conquistou a Copa do Brasil.