Ao vencer o River por 1 a 0 em pleno Monumental de Núñez, o Grêmio deu um passo gigante na busca por uma vaga na final da Libertadores. O grande nome do jogo na Argentina foi Michel, que, após a partida, em entrevista na saída de campo, revelou algo curioso sobre o gol:
— Dediquei pro meu primo, Levi, que profetizou: faz um gol pra mim, de cabeça de escanteio.
Dito e feito: aos 17 minutos do segundo tempo, após cobrança de escanteio de Alisson, o camisa 5 subiu mais alto do que todo mundo e desviou a bola para o fundo das redes do goleiro Franco Armani. Seu primo, Levi da Silva Barbosa, que completou 39 anos na terça-feira (23), contou como ocorreu a previsão.
— Ele me mandou mensagem porque era meu aniversário. Aí eu disse: "Já que tu lembrou de mim, faz um gol hoje de noite. Dedica pra mim. E esse gol vai ser de escanteio, você vai subir e fazer de cabeça". E foi bem assim que aconteceu — comemorou.
Segundo ele, esta foi a segunda vez que ele pediu um gol e foi atendido. A primeira teria sido contra o Botafogo, no primeiro turno do Brasileirão, e também teria adiantado que o jogador marcaria de cabeça. Levi explica que o porte físico e a altura de Michel contribuem para este tipo de jogada. Fã do Michel jogador, também não poupa elogios quando o assunto é a personalidade do primo no dia a dia.
— Nós somos muito chegados, falamos quase todos os dias. Eu, meu irmão e um outro primo somos bem próximos. A gente sempre apoiou a carreira dele. Gostamos muito de futebol e ter uma pessoa assim na família é a maior satisfação. Ele é um guerreiro, está sempre lutando. Perdeu a mãe com dois anos, todos conhecem a história dele. Crescemos juntos na comunidade da Penha, no Rio de Janeiro. Todo mundo aqui conhece ele, apoia ele. É um cara humilde, merece.
O volante fazia apenas seu segundo jogo após três lesões seguidas e cinco meses parado, por isso, a atuação e o gol tiveram um significado especial. Ao falar sobre o período em que Michel não atuou, Levi lembrou que não foi fácil, mas comemorou seu retorno em grande estilo.
— Ele sempre teve muita força de vontade. Dessa vez, não foi diferente. Não só eu, mas toda a família apoiou ele nesse período. Foi complicado, ele perdeu o avô há cerca de três meses. E teve mais as lesões. Mas ele conseguiu dar a volta por cima, com uma grande atuação e um gol.
Por fim, Levi admitiu que é cedo para fazer novas profecias, mas diz que deseja estar em uma final de Libertadores novamente na Arena, assim como fez em 2017, quando o Grêmio, de seu primo Michel, conquistou o tricampeonato da América.