Técnico campeão da Libertadores e do Mundial em 1983, quando Fábio Koff era presidente do Grêmio, Valdir Espinosa se disse surpreso com a morte do amigo. Em entrevista ao Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quinta-feira (10), o ex-treinador preferiu comentar as qualidades de Koff e lembrar dos momentos divertidos que dividiram.
— Tenho certeza de que não é só a torcida do Grêmio que está triste, mas a torcida de todos os clubes do Brasil. Porque ele era um presidente que soube respeitar para ser respeitado — afirmou Espinosa, citando a postura de Koff à frente do Clube dos 13.
Foi na organização que o ex-presidente gremista ganhou prestígio por elevar o valor da cota paga pela TV aos participantes do Brasileirão e de onde só saiu, em 2012, para concorrer outra vez ao comando do Tricolor.
Embora lamente a morte do amigo aos 86 anos, vítima de uma infecção generalizada, Espinosa preferiu dar atenção às qualidades de Koff:
— Tenho certeza que hoje o Rio Grande do Sul não vai chorar, vai aplaudir. A história do Fábio Koff merece muitos aplausos.
Dentre as histórias que o ex-técnico lembrou na entrevista está o primeiro Mundial do Grêmio, conquistado no Japão em 1983. Segundo Espinosa, o então presidente do clube sabia do seu hábito de acender um cigarro toda a vez que o Tricolor entrava em campo. No entanto, prestes a iniciar a partida contra o Hamburgo, ele se deu conta de o estoque havia acabado.
— Fui pro jogo pensando nisso. Quando chegamos lá, o presidente me disse "Não tem problema. Toma aqui". Ele tinha levado uma carteira de cigarro e me entregou. Não sei de onde ele tirou aquilo. Eu respondi: "Tá, ganhamos o jogo" — lembrou, entre risadas, o ex-treinador.
Após lembrar de outros momentos de Koff junto com um dos zagueiros campeões do mundo em 1983, Jorge Baidek, no Timeline, Espinosa finalizou a entrevista com um pedido:
— A coisa mais importante é que o doutor Fábio Koff deixou muitas lições. Sejamos inteligentes e aprendemos com elas.
Ouça a entrevista de Jorge Baidek, Valdir Espinosa e Fernando Carvalho no Timeline:
Em 2012, antes da eleição para a presidência do Grêmio, Koff contou por que se tornou gremista. Relembre: