— Se ficarem dando parabéns, eu vou cansar.
Foi desta forma que Renato Portaluppi começou mais uma coletiva no Grêmio. A defesa de Marcelo Grohe, no último pênalti, garantiu ao técnico mais uma taça no clube e, como já é costume, suas entrevistas são cheias de frases marcantes e bem-humoradas. Outra cena que está virando rotina é o tradicional banho de isotônico e gelo dos jogadores no comandante.
Na madrugada da última quinta-feira (22), após a vitória sobre o Independiente, Cortez e Kannemann foram os principais responsáveis pelo trabalho de encharcar o treinador, que tentou revidar com uma cerveja.
— Em relação ao banho, tenho duas opções. A) Eu continuo ganhando junto com meu grupo, dando a volta olímpica e tomo banho e opção B) Paro de tomar banho e paro de dar a volta olímpica. Eu fico com a primeira opção.
Ciente de que os atletas ainda não estão pronto fisicamente, Renato valorizou o "grupo maravilhoso" que tem nas mãos e, mais uma vez, bateu na tecla da mentalidade vencedora. Também agradeceu a entrega dos jogadores, parabenizou a todos e revelou que previu a defesa de Grohe.
— Acima de tudo foi o que a equipe fez durante o tempo. Não só nos pênaltis. Eles se fecharam. Não adiantava tentar furar o bloqueio de qualquer jeito. Não conseguimos converter a gol as oportunidades que a gente criou. A equipe esteve bem. Eu conversava com o Maicon para passar tranquilidade. A bola não entrou nos 90, nem na prorrogação. Tem algumas coisas que falo para o grupo que é melhor ficar para o grupo. Mas o mais importante foi que desde domingo, a equipe treinou pênaltis, treinamos na segunda, na terça. Eles treinaram e bateram bem. Quanto aos pênaltis, eu estava tranquilo. Acima, de tudo, tínhamos o Marcelo. Eu falei para ele que ele ia segurar. Pelo menos um. Foi o que aconteceu.