A má largada do time de transição do Grêmio no Gauchão pode fazer com que os titulares entrem em campo antes do planejado pela direção. A estreia da equipe principal, que era preparada para o dia 7 de fevereiro, contra o Brasil-Pel, poderá ocorrer no dia 3, contra o Cruzeiro, na Arena.
Assim, os jogadores do grupo de Renato, que se reapresentaram em 18 de janeiro, teriam 16 dias de pré-temporada. O zagueiro Kannemann entende que o período é fundamental para suportar a exigência física das competições que o Grêmio vai encarar no ano.
— Tivemos 30 dias de férias, ninguém ainda esta apto a jogar. Precisamos fazer uma boa pré-temporada, 2017 foi um ano muito forte, foram mais de 80 jogos. O atleta precisa descansar física e psicologicamente para enfrentar um ano assim de novo — disse o argentino.
Segundo o técnico César Bueno, que comandou o time de transição no empate com o São Luiz na estreia e também na derrota de virada para o Caxias, a garotada estará em campo, no mínimo, frente ao Avenida, amanhã, em Santa Cruz, e contra o São José, domingo, no Passo D'Areia.
— A gente tinha certeza de que faria os três primeiros jogos. Até porque não teria nem tempo para os outros jogadores voltarem, já que começaram a trabalhar nem faz uma semana. A tendência é de que até domingo a gente ainda vá. Depois, está longe para planejar. Mas acredito que, até domingo, o grupo de transição vai tocar o trabalho — explica Bueno.
Durante o treino na tarde de ontem, o técnico do time de garotos conversou com Renato Portaluppi por ao menos 15 minutos para discutir os problemas apresentados nos últimos dois jogos. O diagnóstico, colocado já em prática na atividade de ontem, foi reforçar os trabalhos para aprimorar a marcação nas jogadas de bola aérea defensiva.
Outro ponto importante para retomar a segurança do time é o retorno do experiente zagueiro Paulo Miranda, que cumpriu suspensão contra o Caxias e estará de volta contra o Avenida. Outra possível mudança é a entrada do atacante Alisson na vaga de Lima, que pode ser poupado por desconforto no músculo posterior da coxa direita.
— Tenho conversado muito com o Renato. Ele dá todo o suporte, está inserido no trabalho. É o nosso grande comandante na parte técnica, está vendo e sabendo tudo o que está acontecendo — completou Bueno, que rebateu críticas por ter ressaltado a imaturidade do time após a derrota para o Caxias:
— Se for ver minha entrevista, falei que a responsabilidade era minha. O projeto da transição tem a confiança dos diretores e do presidente, todo resultado e toda falha que acontecer, é culpa minha.