Vencer no primeiro tempo por 3 a 1 e sofrer a virada para 5 a 3 na etapa final. Para o técnico César Bueno, trata-se de imaturidade da equipe do Grêmio que não conseguiu segurar o Caxias na tarde deste sábado, na Arena, pela segunda rodada do Gauchão. O treinador do time de transição destacou os gols de bola parada da equipe de Luís Carlos Winck e citou "pouca criatividade" do adversário.
– Demonstramos uma equipe muito técnica, mas como o resultado apresentou, tomamos quatro gols de bola parada. Não que a bola parada não tenha o seu valor. A bola parada mostra que foi pouco criativo nosso adversário – disse, para completar sobre a inexperiência do seu time: – Mas imaturidade, tomar o último gol (no primeiro tempo, 3 a 2), emocional fez toda a diferença. O pênalti foi duvidoso. Talvez, se você coloca um ou outro jovem numa equipe madura, as coisas são mais fáceis. Mas eles têm que aprender rapidamente. Oportunidade de jogar em um grupo como o Grêmio é para poucos.
Os gols sofridos de bola aérea, a propósito, servirão para corrigir os erros defensivos. Os jogadores verão, segundo César Bueno, que o quinto gol do time da Serra foi "erro grosseiro":
– Vamos conversar, mostrar em filmagens e tentar trazer a realidade. Agora, vão ver na imagem como foi um erro grosseiro de final de jogo – destacou.
Por fim, o treinador revelou o abalo do time exemplificando o choro de Mendonça no vestiário, minutos depois que o zagueiro deixou o gramado.
– Mendonça, na quarta (contra o São Luiz), sentiu cãibras. Ele falou que nunca tinha sentido cãibra na vida. É normal. Ele estava chorando no vestiário, mas enfim. Isso afeta, claro. Mas futebol não permite que se jogue no Grêmio e não amadureça rapidamente. Então, nossa lição de casa é continuar como os primeiros tempos (dos jogos de Ijuí e Caxias) e tentar aumentar essa concentração até o fim do jogo.