Se tem alguém que conhece cada detalhe do Estádio 19 de outubro é Paulo Henrique Marques. Afinal, este será o quarto Campeonato Gaúcho do técnico pelo São Luiz nos últimos cinco anos. Comandante também do título da Divisão de Acesso do clube de Ijuí, em 2017, o treinador natural de São Borja, se sente praticamente em casa no comando das missões do Rubro.
Aos 56 anos, ele é o que tem mais tempo de vida entre os 12 treinadores do Campeonato Gaúcho. Sua sequência no São Luiz só não é maior porque, depois de valorizado por levar a equipe de Ijuí às semifinais, comandou o Caxias na Série D de 2019 e, no ano seguinte, conduziu o Ypiranga no Estadual.
Como atleta, o lateral-esquerdo teve uma carreira com passagens por vários clubes das Missões, como São Borja, Dínamo, Palmeirense e Santo Ângelo. E foi neste último, em 1997, logo após a aposentadoria, que Paulo Henrique Marques iniciou sua história como treinador, atuando nas categorias de base. No entanto, seu nome foi ganhar destaque de fato 16 anos depois, quando levou o Tupi de Crissiumal, ao título da Terceirona Gaúcha.
— Só tenho coisas boas para falar dele. É amigo e parceiro, que tem em sua filosofia de trabalho não deixar ninguém de fora e manter o grupo sempre motivado. Ele é um dos grandes treinadores do Rio Grande do Sul. Faz bons trabalhos por onde passa e conquistou títulos — afirma o atacante Juba, de 37 anos, que vai para o seu segundo Estadual seguido em Ijuí, e acrescenta:
— É um cara que sabe disputar o Gauchão, mas também o Brasileiro. Deixou o Ypiranga na fase decisiva da Série C e jogou com o São Luiz a fase decisiva da Série D. Ele tem muita moral no Interior e no São Luiz, colocando o clube nas competições nacionais. Ainda tem muito para crescer.
Continuidade no elenco, aliás, é uma marca dos times de Paulo Henrique Marques. Além de Juba, nomes como João Marcus, Rafael Goiano, Márcio Goiano, Germano e Ariel também já passaram pelo São Luiz em outras oportunidades e vão disputar o Gauchão 2022.