Jerson Testoni chegou ao Bento Freitas no final de setembro do ano passado com a dura missão de tentar evitar o rebaixamento do Brasil-Pel à Série C do Campeonato Brasileiro. No entanto, sabendo da complicada missão que teria, assinou um contrato prevendo também sua permanência na temporada 2022, independentemente da divisão, para ter tempo de construir um trabalho quase do zero. É agora, portanto, que o torcedor Xavante vive a expectativa de dias melhores dentro de campo durante o Gauchão.
— É um treinador moderno, que gosta de ter a bola sempre, com a construção de jogo desde os defensores. Sem bola, ele cobra muita intensidade na marcação. Ele é bem didático, explica bem os treinamentos e o que quer durante as partidas. Não tenho dúvida que ele ainda vai crescer muito na carreira, pois tem todos os princípios que eu entendo que o futebol precisa — afirma o volante Karl, que atuou com Jerson Testoni no Brusque, em 2019, e agora o reencontrou em Pelotas.
Aos 41 anos, Jersinho está apenas em seu segundo clube profissional na carreira. Natural de Gaspar-SC, ele começou nas categorias de base do Brusque como atacante, porém acabou tornando-se lateral-esquerdo. A carreira foi encerrada precocemente aos 30 anos por conta de uma lesão.
Ao concluir a graduação em Educação Física, começou a trabalhar na escolinha da equipe catarinense em 2012. Cinco anos depois, após passar por todas as categorias de base, tornou-se auxiliar-técnico permanente e assumiu a equipe principal pela primeira vez após a saída de Pingo, em 2017. A efetivação ocorreu dois anos depois e, em 2020, conseguiu conduzir a equipe para a Série B do Brasileirão.
No Xavante, Jerson Testoni contou com o suporte do coordenador técnico Hélio Vieira para a formação da equipe que vai encarar Gauchão, Copa do Brasil e Série C em 2022. Em campo, espera-se um Brasil bem diferente dos últimos estaduais.