De volta à Série A do Brasileirão em 2021, o Juventude manteve grande parte do time que conquistou o acesso. O goleiro Marcelo Carné, o lateral Eltinho, os meias João Paulo e Gustavo Bochecha, e os atacantes Rafael Grampola e Capixaba se reapresentaram no último dia 10. Também foram apresentados oito reforços, entre eles os atacantes Matheus Peixoto, ex-Ponte Preta, e Júnior Todinho, ex-Guarani, além do meia Yago, ex-CSA.
Mas dois importantes protagonistas da campanha vitoriosa de 2020 foram embora: o técnico Pintado e o meia Renato Cajá transferiram-se para a Ferroviária (SP). A direção do Juventude pretendia renovar com ambos, mas não conseguiu. Para substituir o técnico, foi atrás de um velho conhecido: Marquinhos Santos. Aos 41 anos, o treinador volta ao clube da Serra 11 meses depois de ser demitido. Ele comandou o Juventude no acesso da Série C para a B em 2019, mas foi muito mal no Gauchão, antes da parada da pandemia. Acabou desligado em março de 2020 e retorna agora.
— Nossa expectativa é que possamos fazer um bom campeonato e brigar para chegarmos nas semifinais. Precisamos dar essa resposta ao nosso torcedor, especialmente em virtude das últimas campanhas no Estadual. Nossa responsabilidade passa a ser maior em virtude do acesso à Série A do Brasileirão. Quanto ao time, investimos em peças pontuais e mantivemos uma boa base da equipe que fez uma Série B sólida e que culminou com o acesso — disse Walter Dal Zotto Junior, presidente do clube.
Depois de encarar o Inter na estreia, segunda (1°), o Juventude vai pegar o São Luiz na segunda rodada. Mas o jogo não será em Caxias do Sul. O gramado do Estádio Alfredo Jaconi está sendo trocado e, por isso, o Ju vai mandar o confronto no Homero Soldatelli, em Flores da Cunha.
Arquivo Gauchão
No fim da década de 1990, o Juventude quebrou um longo tabu. Foram 57 anos sem que nenhum time do interior do Rio Grande do Sul vencesse o Gauchão. O último havia sido o Rio-Grandense, de Rio Grande, em 1939. De 1940 a 1997, só times da capital tiveram o prazer de erguer a taça de campeão. E outra marca: de 1955 a 1997, por longos 42 anos, só a dupla Gre-Nal festejou o título. Tudo terminou em 1998, quando o Juventude, comandando por Lori Sandri à beira do gramado, e por Flávio e Lauro dentro das quatro linhas, "atropelou" o Inter nas finais do campeonato daquele ano. Vitória por 3 a 1 no Alfredo Jaconi e empate em 0 a 0 no Beira-Rio.
As curiosidades foram extraídas do Livro "100 Vezes Gauchão, a história centenária de uma paixão", de Gustavo Manhago e Cléber Grabauska (Editora AGE, 2019).
Ficha do clube
E. C. JUVENTUDE
- Cidade: Caxias do Sul.
- Estádio: Alfredo Jaconi.
- Fundação: 29/06/1913
- Participações no Gauchão: 59
- Colocação em 2020: 8.º
- Melhor campanha: campeão em 1998.
- Técnico: Marquinhos Santos - 41 anos (anunciado em 4/2).
- Presidente: Walter Dal Zotto Jr.
- Vice de futebol: Osvaldo Pioner.
- Reforços apresentados: 8 jogadores
- Abertura temporada: 10/02
Amistosos
18/02 - 1x0 Próspera (SC), no CFAC do Juventude, em Caxias do Sul - gol de Cléberson.