O protocolo apresentado pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF) ao governo do Estado deixou uma impressão otimista sobre o retorno do Campeonato Estadual. A ideia é de retomar a competição em 19 de julho, mas a data pode ser revista de acordo com a condição do Rio Grande do Sul no combate ao coronavírus. O principal avanço do encontro foi que o plano cria um sistema de "isolamento", ficando independente da condição da cidade no momento da partida. Atualmente, os esportes coletivos só podem ser praticados nas regiões que ostentam bandeira amarela, dentro da estratégia para conter a pandemia.
Porém, ações como testagens constantes, limitação de pessoas e regionalização de partidas restantes, alguns dos itens do protocolo de segurança, serviriam para criar uma espécie de "bolha sanitária" que permitisse o retorno dos jogos. É isso o que será debatido pelo Gabinete de Crise na próxima semana, antes da resposta definitiva. O secretário Cláudio Gastal, que comanda o Gabinete de Crise, não descartou que os jogos possam ser disputados em cidades pertencentes a regiões com bandeiras laranjas ou vermelhas:
— Uma coisa é a região é o movimento das pessoas, outra é o mundo bastante específico do futebol.
Em sua visão, o "nível de cuidado e responsabilidade frente à segurança sanitária e de locais e envolvidos deram uma impressão positiva" ao governo. O documento foi repassado ao comitê de dados para analisar os aspectos e "manter a discussão aberta". Ele alertou, porém, que no momento não é possível prever o retorno, já que historicamente o auge do inverno é também o pico de internações hospitalares por síndromes respiratórias agudas, aumentando a pressão ao sistema de saúde.
O presidente da FGF, Luciano Hocsman, também demonstrou otimismo. Segundo ele, o plano elaborado é exequível para que se jogue a partir de 19 de julho, mas afirmou que entende se precisar adiar em algumas semanas. A redução no número de viagens, que resulta na menor movimentação, o confinamento dos atletas e as demais medidas balizaram o planejamento.
— Não faríamos o governo do Estado perder tempo. Trabalhamos muito nisso e temos a convicção de que é viável retornar de forma segura o futebol gaúcho — declarou.