A Copa do Mundo Feminina de 2023 foi histórica. Pela primeira vez, a seleção espanhola conquistou o título da maior competição do mundo. A campanha até a decisão contou com seis vitórias e uma derrota. Além de 18 gols marcados e sete sofridos.
Se antes de o Mundial se iniciar a Espanha não figurava nem entre as cinco favoritas, a seleção superou todas as adversidades para vencer a Inglaterra por 1 a 0 na grande decisão, neste domingo (20), no Estádio Olímpico de Sydney, na Austrália.
GZH recorda a campanha da Espanha até a taça inédita.
A Espanha começou a Copa com goleada. A equipe europeia venceu por 3 a 0 a Costa Rica e largou na frente no Grupo C. Del Campo (contra), Aitana Bonmatí e Esther González fizeram os gols das espanholas (três em seis minutos), que contaram com um volume de jogo grande.
Foi a primeira goleada desta edição do Mundial. Foram 14 finalizações certas das espanholas, contra nenhuma das costarriquenhas.
Com mais uma goleada maiúscula, a seleção da melhor jogadora do mundo se isolou na liderança da chave por conta do saldo de gols.
A segunda vitória na fase de grupos foi construída com dois gols no primeiro tempo: Abelleira, aos 9, e Hermoso, aos 13. No segundo tempo, Hermoso marcou mais um, e Alba Redondo completou a goleada, aos 24 e aos 40. A vitória garantiu a classificação antecipada às oitavas.
A goleada não mostrou o que foi o jogo. A Espanha teve o comando das ações da partida, mas parou na disciplinada defesa japonesa e sofreu os gols em contra-ataques precisos. A partida entre as duas líderes da chave — que entraram em campo já classificadas — acabou com as asiáticas em primeiro e as europeias em segundo. A vitória japonesa veio dos pés de Miyazawa, duas vezes, Ueki e Tanaka.
Esta foi a única derrota espanhola ao longo da Copa.
A classificação às quartas veio com facilidade, pelo placar de 5 a 1. Depois da derrota para o Japão, as espanholas recuperaram seu futebol eficaz e imponente.
O placar foi aberto logo aos 5 minutos de partida, com a conclusão de Aitana Bonmatí. Seis minutos depois, a Suíça chegou ao empate. Mas Alba Redondo, Bonmatí, Laia Codina e Jennifer Hermoso trataram de confirmar a vitória por goleada, que já garantia o melhor desempenho da Espanha em Copas.
O avanço às semis foi mais trabalhoso. Após um empate em 1 a 1 no tempo normal, a classificação teve de vir na prorrogação. Caldentey abriu o placar para a Espanha e, quando a vaga parecia garantida, a Holanda buscou a igualdade, com Van der Gragt.
Na prorrogação, brilhou a estrela de Paralluelo, que invadiu a área e chutou cruzado, confirmando a classificação às semifinais.
A classificação histórica à final veio com gols de Paralluelo e Carmona. Melhor no jogo, a seleção espanhola tinha a posse de bola, trocava mais passes e chegava mais à área sueca, mas não conseguia converter as finalizações em gols. Até que, mais uma vez, o técnico Jorge Vilda recorreu à estrela de Paralluelo, que estava no banco de reservas.
A jovem de 19 anos decidiu, mais uma vez. Aos 35 minutos, finalizou rasteiro para abrir o placar. A Suécia buscou a igualdade na sequência, com Blomqvist. Mas, aos 44, veio a confirmação da classificação, com Olga Carmona.
A Espanha superou todas as adversidades e conquistou a taça inédita do Mundial. O título veio neste domingo (20), no Estádio Olímpico de Sydney, após a vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra. Olga Carmona marcou o gol decisivo.